Os atletas olímpicos de maratona aquática Ana Marcela Cunha, Allan do Carmo, e a peruana Mariale Bramont tiveram uma tarde bem diferente na Arena da Amazônia. Nesta sexta-feira, 11/12, eles conheceram o Museu Olímpico, instalado nas dependências do estádio – que abrigou partidas do torneio Olímpico de futebol, nos Jogos de 2016.
A visita, que contou ainda com o técnico de maratona aquática Fernando Possenti, teve como guia ninguém menos que o ex-presidente da Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt), e proprietário do acervo, Roberto Gesta de Melo. Os atletas estão em Manaus por conta da disputa da edição 2020 do Rio Negro Challenge, que será realizado neste sábado e domingo, na praia de Paricatuba, no Iranduba (a 35 quilômetros de Manaus).
O ex-dirigente recebeu os atletas e o treinador para uma visita exclusiva e mostrou itens raros de sua coleção pessoal, que fez dele uma das maiores autoridades no assunto em todo o mundo. Medalhas, pôsteres originais dos Jogos Olímpicos, louças, livros, além de uma vasta coleção de mascotes entre outros itens estão no museu na Arena da Amazônia.
A turnê pelo museu encantou Ana, Allan, Mariale e Possenti. “Eu estou muito contente de poder vir aqui conhecer o museu. Já tinha vindo aqui no estádio outras vezes e não tinha ideia do que a gente poderia ter aqui a história Olímpica. Já participei de dois Jogos Olímpicos e estou classificada para a terceira Olimpíada (no ano que vem em Tóquio, no Japão), e jamais imaginei algo do tipo aqui no Brasil, quanto mais ao Norte do nosso País. Fiquei muito feliz em poder conhecer uma parte das coisas que tem aqui e já deixo prometido voltar no ano que vem”, disse a campeã mundial Ana Marcela Cunha.
“É impressionante para a gente que já participou de Olimpíada, a gente que vive o espírito Olímpico, e aí a gente chega aqui e encontra toda essa história, e ainda poder conhecer o doutor Roberto (Gesta)… É uma coisa de impressionar e de ficar feliz por esta oportunidade. Vi coisas de arrepiar”, revelou Allan do Carmo.
O técnico Fernando Possenti defendeu que o acervo seja visto pelo máximo possível de pessoas. “Um acervo desse tem que ser compartilhado com todo mundo. É a história viva dos Jogos Olímpicos. Este conhecimento tem que chegar a todo mundo. É encantador. Eu quero ter a oportunidade de voltar aqui outras vezes e ter tempo de conhecer tudo isso, porque é uma coleção gigantesca e maravilhosa. Estou impressionado”, disse o treinador.
O “guia”
O amazonense Roberto Gesta de Melo não é somente um dos maiores colecionadores de itens olímpicos do mundo. Ele também ostenta um título que poucos conhecem. Foi dele a ideia de criar a Travessia Almirante Tamandaré, que neste ano, completa cinco décadas de existência. Além de ter criado a icônica prova, Gesta comentou sobre como foi ser guia, por um dia, de atletas olímpicos.
“Foi um prazer receber aqui alguns dos melhores atletas olímpicos do Brasil. Atletas com uma representatividade internacional muito grande, ainda mais nas comemorações dos 50 anos da Travessia do rio Negro a nado, que a partir de sua segunda edição passou a se chamar Travessia Almirante Tamandaré. Eu dei a ideia deste evento, cinco décadas atrás. É a prova da permanência de um evento importante na história. Uma prova que a cada dia vai se tornando mais difundida pelo Brasil e para além das fronteiras, graças ao trabalho do Pierre Gadelha (criador do Rio Negro Challenge)”, celebra Gesta.