Ausência expressiva do público masculino nas unidades de saúde foi sentida durante pandemia
A pandemia pode ter contribuído com a ausência de muitos homens na procura por um médico e consequentemente ter deixado a saúde em segundo plano, pelo menos é o que dizem os especialistas que sentiram a ausência expressiva do público masculino nas unidades de saúde.
O dia 17 de novembro é lembrado como o Dia Mundial de Combate ao Câncer de Próstata. O programa entra na Campanha Mundial do Novembro Azul para falar sobre a importância do diagnóstico precoce e da continuidade do tratamento, mesmo neste período.
Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca), o câncer de próstata é o tipo mais frequente entre os homens brasileiros, depois do câncer de pele, ocorrendo geralmente em homens mais velhos, uma vez que cerca de seis em cada 10 casos são diagnosticados em pacientes com mais de 65 anos.
Além disso, estão estimados 65.840 novos casos de câncer de próstata para cada ano do triênio 2020-2022. Um número que corresponde a um risco estimado de 62,95 casos novos a cada 100 mil homens.
O que é a próstata?
É uma glândula do sistema reprodutor masculino, que pesa cerca de 20 gramas, e se assemelha a uma castanha. Localiza-se abaixo da bexiga e sua principal função, juntamente com as vesículas seminais, é produzir o esperma.
Sintomas:
Na fase inicial, o câncer de próstata não apresenta sintomas e quando alguns sinais começam a aparecer, cerca de 95% dos tumores já estão em fase avançada, dificultando a cura. Na fase avançada, os sintomas são:
– dor óssea;
– dores ao urinar;
– vontade de urinar com frequência;
– presença de sangue na urina e/ou no sêmen.
Fatores de risco:
– histórico familiar de câncer de próstata: pai, irmão e tio;
– raça: homens negros sofrem maior incidência deste tipo de câncer;
– obesidade.
Prevenção e tratamento:
A única forma de garantir a cura do câncer de próstata é o diagnóstico precoce. Mesmo na ausência de sintomas, homens a partir dos 45 anos com fatores de risco, ou 50 anos sem estes fatores, devem ir ao urologista para conversar sobre o exame de toque retal, que permite ao médico avaliar alterações da glândula, como endurecimento e presença de nódulos suspeitos, e sobre o exame de sangue PSA (antígeno prostático específico).
Cerca de 20% dos pacientes com câncer de próstata são diagnosticados somente pela alteração no toque retal. Outros exames poderão ser solicitados se houver suspeita, como as biópsias, que retiram fragmentos da próstata para análise, guiadas pelo ultrassom transretal.
A indicação da melhor forma de tratamento vai depender de vários aspectos, tais como, estado de saúde atual, estadiamento da doença e expectativa de vida. Em casos de tumores de baixa agressividade, há a opção da vigilância ativa, na qual periodicamente se faz um monitoramento da evolução da doença intervindo se houver progressão.
O exame de toque retal e de PSA são os principais meios para detectar a doença precocemente, quando as chances de cura são maiores e os tratamentos, menos invasivos. Diante desta situação, é sempre importante conversar com o urologista sobre o tema, tirando dúvidas e quebrando preconceitos. A detecção e o tratamento precoces podem salvar vidas!
Ainda segundo a médica oncologista do sistema Hapvida em Belém (PA), Ana Paula Banhos, há outras alterações no sistema de corte para detecção do câncer do PSA. “Para investigação e biópsia são a partir de 4, com 10 sendo muito suspeito, e em algumas literaturas colocam um corte a partir de 2,5 a 3”, destaca a médica.
Muitos são diagnosticados em estágios avançados da doença, porque ainda há certo estigma na sociedade em relação ao homem cuidado da sua própria saúde, de forma preventiva. Daí a importância de se falar cada vez mais sobre o tema. A Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) recomenda que homens a partir de 50 anos, mesmo se não apresentarem sintomas, devem procurar um profissional especializado e realizar uma avaliação individualizada, mantendo um acompanhamento para, se necessário, conseguir um diagnóstico precoce do câncer de próstata.
Já homens que integrarem o grupo de risco, que de acordo com a SBU são os negros ou àqueles com parentes de primeiro grau com câncer de próstata, devem começar seus exames mais precocemente, a partir dos 45 anos.
Sobre o Sistema Hapvida
Com mais de 6,5 milhões de clientes, o Sistema Hapvida hoje se posiciona como um dos maiores sistemas de saúde suplementar do Brasil presente em todas as regiões do país, gerando emprego e renda para a sociedade. Fazem parte do Sistema as operadoras do Grupo São Francisco, RN Saúde e Medical, além da operadora Hapvida e da healthtech Maida.
Atua com mais de 35 mil colaboradores diretos envolvidos na operação, mais de 15 mil médicos e mais de 15 mil dentistas. Os números superlativos mostram o sucesso de uma estratégia baseada na gestão direta da operação e nos constantes investimentos: atualmente são 43 hospitais, 191 clínicas médicas, 43 prontos atendimentos, 175 centros de diagnóstico por imagem e coleta laboratorial.