A Mercedes foi pega de surpresa com o anúncio da aposentadoria de Nico Rosberg no final de 2016, apenas cinco dias depois da conquista do Mundial de Pilotos. Com poucas opções boas no mercado, precisou conferir a situação de quem já tinha contrato. Um dos que recebeu a ligação da escuderia alemã foi Fernando Alonso, como ele mesmo revelou durante a apresentação da McLaren, na manhã desta sexta-feira.
– Quando o Rosberg se aposentou, tivemos conversas e ligações, mas não havia motivo em discutir coisas porque estava feliz na McLaren. Digamos que, depois da surpresa do Nico, eles precisavam checar todo mundo, o que é compreensível. Não foi nada muito esquisito ou profundo, mas apenas uma checagem. Comigo, queriam saber qual era a minha situação. Mas a minha situação era clara: estou feliz na McLaren e não havia o porquê de conversarmos – afirmou em sua primeira entrevista desde o final da temporada passada.
O espanhol também comentou a decisão do alemão de parar logo após a conquista do primeiro título. Ao mesmo tempo que elogiou a coragem de largar tudo para curtir uma vida diferente, admitiu que não conseguiria fazer o mesmo.
– Cada um tem sua própria motivação na vida, seus próprios objetivos. Ele lutou muito para conquistar este título. Tentou por muitos anos e quase conseguiu em 2015. Em 2016, ele viu a possibilidade. Depois que conseguiu conquistar o objetivo, pensou que se aposentar seria a melhor opção. No meu caso, eu não consigo parar, é como uma droga. Ele foi muito corajoso de sair para aproveitar uma vida diferente. Desejo o melhor para ele, mas sou diferente. Sou um piloto, terei 80 anos e estarei andando de kart, “empurrando” os garotos que estiverem na frente.
Com o assunto aposentadoria em pauta, Alonso foi questionado sobre seu momento de parar, mas disse que não vai pensar sobre isso até a pausa da F1, em agosto.
– Essa é uma pergunta que vou responder depois das férias de verão, lá para setembro. A partir de lá é um bom momento para começar a pensar comigo mesmo, começar a decidir o que fazer. Até lá, não vou pensar em nada sobre o futuro.
Fernando tenta, com a McLaren, a conquista do seu terceiro título na Fórmula 1. O jejum do piloto já dura 10 anos, desde a conquista do bicampeonato, em 2006.
Fonte: GloboEsporte