O governo chinês vai proibir peregrinações individuais a Meca, a partir de dezembro, data em que todas as atividades relacionadas passam a ser organizadas pela Associação Islâmica da China, um órgão estatal.
Quem quiser cumprir a peregrinação deve ser “patriota e cumprir a lei, com boa conduta” e “não ter participado anteriormente”, segundo o novo regulamento publicado este mês pela Autoridade Estatal para Assuntos Religiosos da China.
Os candidatos devem registrar-se num portal e ficam sujeitos a seleção. As vagas, oferecidas anualmente, serão limitadas.
As autoridades chinesas asseguram que o novo regulamento visa “a proteger a liberdade de culto religioso dos cidadãos” chineses.
Na China, as autoridades religiosas de cada denominação precisam ser aprovadas por Pequim – e muitas vezes são supervisionadas por órgãos do Estado ou diretamente integradas a essas órgãos.
A China mantém mais de 1 milhão de membros da minoria étnica muçulmana uigur em campos de doutrinação na região de Xinjiang, no extremo noroeste do país, onde são forçados a abdicar da sua fé, língua e cultura, segundo organizações de defesa dos direitos humanos.
Segundo as autoridades de Pequim, são “centros vocacionais” que servem para ensinar uma profissão aos uigures, enquanto os afastam do alegado extremismo religioso.
Fonte: RTP