Saída da Petrobras do Amazonas e abertura do mercado de gás geram debates na Aleam

A passagem do Dia do Petróleo Brasileiro, em 3 de outubro, referente à criação da empresa estatal Petrobras (Petróleo Brasileiro S.A.) foi  motivo de manifestações dos deputados no plenário da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), com destaque para o fim das atividades da empresa no Estado.

O deputado Serafim Corrêa (PSB) apontou o tratamento do poder público estadual como um dos fatores determinantes para a saída da Petrobras. “Esta é uma decisão que está tomada desde 2017, eu diria. E é uma ideia que eu, pessoalmente, não vejo como reverter, porque nós passamos muitos anos hostilizando a Petrobrás e ela tomou uma decisão, uma decisão de empresa e não de pessoas. Essa saída é ruim, pois se trata da maior empresa da América Latina e perder a maior empresa da América Latina não é uma boa coisa e tudo que eu podia fazer, eu fiz, porém, não vi esse mesmo ânimo por parte dos últimos governos”, lamentou.

 

Gás Natural

 

O presidente da Aleam, deputado Josué Neto (PRTB), explicou que a decisão de venda de participação no Amazonas é parte da política da Petrobras em priorizar a exploração em altas profundidades, conforme explicação dada oficialmente pela própria empresa na época, que informou em seu site que “os desinvestimentos realizados não implicam em descontinuidade da atividade, mas sim que os empregos e oportunidades continuarão sendo disponibilizados pelas novas empresas”.

Porém, para Josué Neto, o maior problema para o Amazonas é exatamente a venda dos ativos em si. “A maior dificuldade de vender os seus ativos no Amazonas é porque qualquer companhia da iniciativa privada perde o interesse de compra dos ativos da Petrobras porque existe uma operação comercial de prejuízo, que a própria Petrobras já assumia, inclusive, e nenhuma empresa quer comprar outra para ter prejuízo”, apontou.

Defensor ferrenho da abertura do mercado do gás natural no Amazonas, Josué Neto (PRTB) reforça a esperança da economia com a abertura, em definitivo, do mercado de gás. “O Brasil inteiro está promovendo a abertura, mas o Amazonas é o ‘patinho feio’ porque não está seguindo esse novo momento de desenvolvimento regional. O poder público estadual está omisso em relação a esse tema que representa o desenvolvimento dos estados e do país como um todo. Com a abertura do mercado do gás diversas empresas vão se instalar no Amazonas para explorar e distribuir o gás para o mercado interno e exportarão esse gás para o mercado externo, gerando em 10 anos, pelo menos 48 mil novos empregos em toda a sua cadeia produtiva”, argumentou.