Prefeitura conclui investigação de óbitos por SRAG e reclassifica 345 casos para Covid-19

A Prefeitura de Manaus concluiu a última etapa do trabalho de investigação de 654 óbitos por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) Não Especificada, ocorridos em Manaus nos meses de abril e maio. Do total de casos, 345 foram reclassificados para Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus.

 

“Manaus tem se destacado, nacionalmente, pela transparência nas ações relacionadas à pandemia. Essa é uma orientação do prefeito Arthur Virgílio Neto e não seria diferente nesse trabalho de investigação, que fizemos ao longo de mais de dois meses”, destacou o titular da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), Marcelo Magaldi.

 

Iniciado em 19 de julho, o trabalho teve seu resultado divulgado pelo Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (Cievs/Manaus), da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), na última quarta-feira, 30/9.

 

Segundo a diretora do Departamento de Vigilância Ambiental e Epidemiológica (Devae/Semsa), enfermeira Marinélia Ferreira, a investigação foi realizada com o objetivo de identificar óbitos que teriam ocorrido pela infecção por Covid-19.

 

“Nos meses de abril e maio, houve o pico da pandemia em Manaus e em alguns casos não foi possível confirmar ou descartar a Covid-19 como causa do óbito. Mas, no mês de julho, o Ministério da Saúde estabeleceu novos critérios para definição de óbito pela doença, por isso foi possível realizar a reclassificação dos casos de SRAG Não Especificada”, explicou Marinélia Ferreira.

 

Do total de 345 casos de óbitos reclassificados para Covid-19, 18 foram reclassificados por critério laboratorial, 156 por critério clínico imagem (tomografia) e 171 por critério clínico epidemiológico. “É importante lembrar que esses casos são de abril e maio, mas estavam sendo inseridos no sistema oficial de notificação desde julho, não representando o atual cenário epidemiológico da pandemia em Manaus”, destacou Marinélia.

 

A gerente do Cievs/Manaus, enfermeira Eliane Campos, explicou que a investigação dos óbitos foi feita a partir da análise da história clínica dos casos para obtenção de informações sobre os sintomas apresentados, a data de início dos sintomas, medicações utilizadas, exames realizados e a procura aos serviços de saúde, incluindo o resultado do exame de tomografia, caso tenha sido feito e que, pelos novos critérios do Ministério da Saúde, pode ser utilizado para indicar a infecção por Covid-19.

 

“As equipes de investigação realizaram visitas domiciliares, identificando contatos próximos da pessoa que morreu e que apresentaram sintomas de Covid-19, com confirmação por exames laboratoriais. Com essas informações, foi possível identificar um vínculo epidemiológico pela doença”, informou Eliane Campos.