A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) realizou, na manhã deste sábado (4), inspeção surpresa ao Hospital de Campanha da Nilton Lins, referência no tratamento ao Covid-19 no Amazonas. A visita técnica à unidade hospitalar teve como objetivo, de acordo com os membros titulares da comissão, obter informações sobre pacientes internados e, principalmente, a respeito do cumprimento de contrato por empresas prestadoras de serviço.
“Estivemos hoje no hospital Nilton Lins e solicitamos da diretoria da unidade uma planilha com todos os dados referentes à prestação de serviços de todas as empresas contratadas para atuar naquela unidade durante o período de pandemias. Atualmente eles possuem apenas oito pacientes, sendo três indígenas e cinco não-indígenas internados. A comissão aguardará então todos as informações para que possa de fato comprovar que todos os serviços previstos foram cumpridos dentro do prazo determinado e merecem de fato os valores de pagamentos acordados”, afirmou o presidente da CPI, deputado estadual Delegado Péricles (PSL).
Ainda na última semana, a comissão parlamentar de inquérito Intensificou as investigações no que diz respeito aos processos indenizatórios mantidos pelo Governo do Estado não só vou no Hospital de Campanha Nilton Lins, mas em toda gestão do estado durante a pandemia no Amazonas.
“A CPI tem apurado de forma isenta e técnica os absurdos de processos indenizatórios mantidos pela atual gestão durante esse período de pandemia e o hospital Nilton Lins é uma das nossas frentes de investigação. Nada mais apropriado que virmos até essa unidade coletar informações para elucidar algumas questões antes mesmo que esses processos possam ser pagos. É evidente, e em alguns casos já conseguimos inclusive comprovar, que existem valores absurdos sendo pagos para empresas que nem sequer possuem capacidade técnica para o cumprimento do acordo. Seguiremos assim: inspecionado, investigando, chamando depoentes, analisando documentos para que, no fim de todo o processo da CPI, a população possa de fato saber o porquê de todo o caos vivenciado na saúde do Estado”, concluiu.