O Amazonas apresentou os melhores resultados do Brasil referentes ao índice de mortalidade no trânsito em 2015, com 10,8 mortes por 100 mil habitantes, quase 50% abaixo da média nacional. Na comparação anual com 2014, o Estado registrou uma baixa de 8% no número absoluto de óbitos. Apesar dos dados positivos, 424 pessoas perderam suas vidas no trânsito amazonense. Destas, a maior parte foi composta por motociclistas (46%), seguidos por pedestres (34%) e motoristas (18%). Ônibus e caminhões integram os 2% restantes.
Apontado pela OMS (Organização Mundial da Saúde) como um dos países com trânsito mais violento do mundo, o Brasil registrou uma baixa histórica no indicador de mortalidade devido a acidentes. O índice de óbitos por 100 mil habitantes recuou a 19,2 em 2015, o melhor resultado desde 2004. Em 2012, o indicador chegou a atingir 23,6. Os dados constam na quarta edição do relatório “Retrato da Segurança Viária”, desenvolvido pela Ambev e pela consultoria Falconi com o objetivo de auxiliar a elaboração de políticas efetivas de combate aos acidentes de trânsito.
A causa da segurança viária é uma das principais bandeiras defendidas pela Ambev. Além de promover campanhas de conscientização e em prol do consumo inteligente de seus produtos, em especial no combate à associação de álcool e direção, a cervejaria tomou a iniciativa de liderar a criação de uma coalizão com agentes privados, públicos e do terceiro setor para melhorar a gestão da segurança viária no Brasil. Essa parceria já resultou em importantes implicações no estado de São Paulo, com o Movimento Paulista de Segurança no Trânsito, e começa a ingressar em outros estados, a exemplo do Brasília Vida Segura, desenvolvido no Distrito Federal.
“Nós buscamos ser parte da solução do problema. A segurança viária é uma causa que defendemos há anos com campanhas de conscientização e combate à associação entre álcool e direção. O desenvolvimento do Retrato é um passo importante nesse trabalho, oferecendo as informações necessárias para o planejamento de políticas públicas efetivas para a melhora desse cenário”, explica Mariana Pimenta, gerente de relações corporativas da Ambev.
O número absoluto de fatalidades também melhorou: de 2010, ano em que o Brasil aderiu a Década de Segurança no Trânsito da ONU, a 2015, as mortes ocasionadas por acidentes nas ruas e estradas do país apresentaram redução de 16%.
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Situação ainda é alarmante
Apesar de os dados demonstrarem evolução do quadro nacional, o Brasil ainda vive uma situação alarmante: em 2015, 39.333 pessoas perderam a vida e outras 203.853 ficaram feridas no trânsito. O relatório informa que os acidentes já são a segunda causa de morte não natural no País.
Há que se considerar o impacto econômico que o problema traz: em 2015, gastou-se no Brasil cerca de R$ 19 bilhões com óbitos e feridos no trânsito. Com esse dinheiro seria possível comprar mais de 145 mil ambulâncias, por exemplo, cujo custo médio é estimado em R$ 130 mil, ou ainda construir mais de 60 mil Unidades Básicas de Saúde (UBS), às quais o governo federal estima um custo médio de R$ 300 mil cada.
Sudeste: região menos fatal
A região Sudeste apresentou o maior número de fatalidades, com 13.141 em 2015. Apesar disso, é a que conta com o menor índice de óbitos por 100 mil habitantes, com 15,3, e reduziu o número absoluto de mortes em 17,8% desde 2010.
Fonte: Portal Acrítica