“Medidas contra impacto econômico do coronavírus ainda são tímidas”, avalia Eduardo Braga

O líder do MDB no Senado, Eduardo Braga, avalia que as medidas anunciadas nesta quinta-feira (12/03) pelo Ministério da Economia para enfrentar o impacto econômico provocado pelo coronavírus são bem-vindas, mas ainda “tímidas” diante do avanço da pandemia. A antecipação da primeira parcela do 13º salário dos aposentados e pensionistas do INSS deve injetar R$ 23 bilhões na economia, segundo cálculos da equipe econômica, que também anunciou a redução do limite de taxa de juros para empréstimos consignados a beneficiários do INSS.

“O pacote inicial ainda é tímido. Vai ser preciso ir bem além para estimular o mercado e segurar o baque de setores estratégicos nesse momento de crise”, comentou o senador Eduardo Braga em suas redes sociais.  As consequências para a cadeia de turismo, por exemplo, são avassaladoras. O senador também destacou o impacto em setores da indústria que dependem de insumos importados, como a de eletroeletrônica, lembrando a gravidade do problema na Zona Franca de Manaus.
 Gravidade – Na noite de quarta-feira (11/03), depois de uma reunião de emergência com lideranças da Câmara e do Senado e representantes do governo, entre eles os ministros da Saúde, Luz Mandetta, e o ministro da Economia, Paulo Guedes, Braga já havia criticado o fato de não ter sido apresentado um plano emergencial de combate à crise econômica agravada pelo coronavírus.
O líder elogiou a eficiência e a transparência com que o ministro Luiz Mandetta vem conduzindo a questão do coronavírus. Mas salientou que a estratégia governamental precisa ir muito além das medidas na área de saúde pública, para identificação, monitoramento, isolamento e tratamento de casos suspeitos e de pessoas infectadas.  Na área econômica é preciso mais agilidade para aquecer o mercado, cobrou o parlamentar. “O momento é da maior gravidade”, completou.
Além de um plano emergencial, Eduardo Braga frisou a necessidade de levar adiante a pauta econômica já em debate no Congresso Nacional. Segundo ele, as duas Casas estão prontas para discutir e votar reformas estruturais necessárias para alavancar a economia. O que falta, criticou ele, é uma iniciativa efetiva por parte do governo, que até agora não enviou ao Parlamento as propostas de reforma administrativa e tributária.
“A negociação em torno das reformas só vai caminhar quando o governo deixar claro quais são as suas propostas. Convém lembrar que a União fica com sete de cada dez reais arrecadados hoje no país”, concluiu.