Prefeitura intensifica vacinação contra o sarampo neste sábado em 40 unidades de saúde

A Prefeitura de Manaus organizou para este sábado, 14/3, uma atividade para intensificar a vacinação no combate ao sarampo. A programação será desenvolvida em 40 Unidades Básicas de Saúde (UBSs) que irão funcionar das 8h às 12h com a oferta da vacina tríplice virial para pessoas na faixa etária de seis meses a 49 anos. O reforço é uma das medidas evitar o aumento de novos casos, após quatro confirmações da doença registradas este ano.

 

Além da tríplice viral, que imuniza contra sarampo, caxumba e rubéola, a intensificação, organizada pela Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), vai oferecer outras vacinas, incluindo a imunização contra febre amarela e o Papiloma Vírus Humano (HPV), que é o principal causador do câncer de colo de útero.

 

“Todas as vacinas estarão disponíveis durante a intensificação no dia 14 de março, em mais uma oportunidade para que as pessoas possam atualizar o cartão de vacina. Mas o foco principal da ação é o combate ao sarampo, que depois de um ano voltou a ser notificado em Manaus. O prefeito Arthur Virgílio Neto determinou que não poupássemos esforços para evitar o sarampo na cidade”, destaca o secretário municipal de Saúde, Marcelo Magaldi.

 

Neste momento, segundo o secretário, as pessoas estão preocupadas com o novo Coronavírus (Covid-19), mas o sarampo, que tem formas de transmissão semelhante, também é uma doença grave, de alta transmissibilidade, que pode levar ao óbito. “Porém, ao contrário do Coronavírus, é possível evitar o sarampo com a vacinação e a população deve contribuir atualizando a situação vacinal, em especial no que se refere às crianças, que são as mais suscetíveis para desenvolver complicações pela doença”, alerta Marcelo Magaldi.

 

As 40 unidades de saúde que irão funcionar durante a intensificação vacinal no dia 14 de março estão localizadas nos Distritos de Saúde (Disas) Norte, Sul, Leste e Oeste. No Disa Rural, a estratégia é diferenciada e vem sendo executada durante a semana, com atuação com postos volantes. A lista com o endereço das unidades de saúde está publicada no site da Semsa (http://semsa.manaus.am.gov.br).

 

Segundo a diretora do Departamento de Vigilância Ambiental e Epidemiológica (Devae/Semsa), enfermeira Marinélia Ferreira, as 40 UBSs foram selecionadas levando em conta a localização estratégica para facilitar o acesso da população. “Cada Disa terá 10 unidades de saúde em funcionamento com equipes de vacinação. A recomendação é para que procurem a unidade levando documento de identidade, o Cartão SUS e o cartão de vacina para que o profissional avalie a situação vacinal de cada pessoa”, avisa Marinélia Ferreira.

 

Casos

 

Os quatro novos casos de sarampo em Manaus foram notificados entre janeiro e fevereiro deste ano. Três foram notificados entre pacientes na faixa etária de 15 a 26 anos e um em uma criança de oito meses de idade, todos do sexo masculino, moradores dos bairros Monte das Oliveiras, zona Norte, Distrito Industrial II, zona Leste, Nova Esperança, zona Oeste, e Presidente Vargas, zona Sul.

 

Atualmente, a Semsa registra outros 12 casos suspeitos de sarampo e que estão em fase de investigação epidemiológica e laboratorial. “Os profissionais da Semsa realizam as medidas de controle no momento da notificação dos casos suspeitos, com monitoramento de contatos próximos do paciente e bloqueio vacinal. Mas outras medidas de controle estão sendo preparadas e a vacina continua disponível na rotina de serviços de todas as 183 salas de vacina no município de Manaus durante o ano todo”, reforça Marinélia Ferreira.

 

Doença

 

O sarampo é uma doença infecciosa causada por vírus e a transmissão ocorre de pessoa para pessoa, por via aérea, ao espirrar, falar, respirar ou tossir. Os sintomas principais são febre acompanhada de tosse, irritação nos olhos, nariz escorrendo ou entupido e mal-estar intenso, além do exantema, que são as manchas vermelhas no corpo. As complicações pelo sarampo incluem cegueira, diarreia grave, encefalite, infecções no ouvido e infecções respiratórias graves, como pneumonia, podendo levar ao óbito.