A Prefeitura de Manaus, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), iniciou o curso “Tuberculose: Acolhimento na Atenção Primária” no dia 13 de março de 2025. O curso acontece na Escola de Enfermagem da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), no bairro Adrianópolis, Zona Sul da capital. A iniciativa faz parte da Campanha de Mobilização e Luta contra a Tuberculose 2025, cujo objetivo é fortalecer as ações de prevenção, diagnóstico e tratamento da doença em Manaus.
Curso busca capacitar profissionais para acolhimento adequado
O curso é destinado aos profissionais das Unidades Básicas de Saúde (UBS) da Zona Sul e outras áreas da cidade. Seu objetivo é melhorar o acolhimento de pacientes com suspeita ou diagnóstico de tuberculose. Eunice Jácome, chefe do Núcleo de Controle da Tuberculose da Semsa, afirma que a capacitação é parte de uma estratégia para intensificar a resposta ao controle da doença. Em 2025, já foram registrados 408 casos novos. O curso abrange tópicos como o reconhecimento da tuberculose, o acolhimento inicial e a classificação de risco na Atenção Primária à Saúde.
Etapas da capacitação em diferentes zonas da cidade
A capacitação será realizada em cinco turmas, com a primeira turma voltada para os profissionais da Zona Sul de Manaus. As próximas etapas ocorrerão nas regiões Norte, Leste, Oeste e Rural, garantindo a participação de profissionais das diversas áreas da cidade. Cada turma conta com 60 vagas, e a prioridade é para os profissionais que atuam no acolhimento nas UBSs. “Os recepcionistas têm um papel essencial na orientação dos pacientes e na identificação de casos que necessitam de atendimento rápido”, afirma Eunice Jácome.
A importância do acolhimento no controle da tuberculose
O acolhimento adequado na Atenção Primária é essencial para garantir o tratamento preventivo. Também é importante para identificar possíveis contatos com a doença. Em 2024, Manaus notificou 3.122 novos casos de tuberculose. A taxa de incidência foi de 136 casos por 100 mil habitantes. O abandono do tratamento foi de 23%. Isso continua sendo um desafio para o controle eficaz da doença. O abandono pode levar à disseminação de formas resistentes do bacilo.
Foto: Divulgação / Semsa