Bolsa Família reduz mortalidade em pessoas com transtornos mentais

O programa Bolsa Família demonstrou reduzir a mortalidade em pessoas com transtornos mentais, segundo estudo da Fiocruz. Pesquisadores da Bahia analisaram dados de cerca de 70 mil pacientes e constataram que beneficiários do programa apresentaram taxas de mortalidade por causas naturais 11% menores. A pesquisa, publicada na revista científica PLOS Medicine, destaca a relevância dessa política pública na promoção de saúde.

Impacto na saúde e na mortalidade

A análise revelou que o Bolsa Família promoveu melhorias significativas no acesso a serviços de saúde. Beneficiários apresentaram mortalidade total 7% menor em comparação aos não beneficiários. Esses resultados se devem, em parte, às exigências do programa, como acompanhamento médico e frequência escolar, que garantem melhores condições de vida.

Benefícios mais significativos para mulheres e jovens

Entre mulheres e jovens de 10 a 24 anos, o impacto foi ainda mais expressivo. As mulheres tiveram redução de 27% na mortalidade por causas naturais. Já entre os jovens, as taxas de mortalidade por causas naturais diminuíram 44%, mostrando como o benefício é essencial para grupos vulneráveis.

Efeito preventivo e intersetorial

A pesquisa aponta que, se o Bolsa Família fosse ampliado para todos os pacientes analisados, 4% das mortes poderiam ter sido evitadas. Além disso, os pesquisadores destacam que o programa não apenas reduz a pobreza, mas também contribui para a prevenção de doenças e a melhoria da qualidade de vida, reforçando a necessidade de estratégias integradas entre saúde e assistência social.

O Bolsa Família é um exemplo claro de como políticas públicas podem transformar vidas e promover cidadania. Para mais notícias sobre saúde e políticas sociais, continue acompanhando nosso portal.

Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil