O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou um investimento de R$ 3,8 bilhões para a construção da termelétrica Portocem, localizada em Barcarena (PA). O projeto integra o Novo PAC e utilizará gás natural para gerar 1.571,9 MW de energia. Essa iniciativa busca garantir a segurança energética, especialmente durante períodos de alta demanda ou escassez hídrica.
BNDES lidera financiamento para a usina Portocem
O BNDES desempenhou um papel fundamental no financiamento da usina ao coordenar a emissão de debêntures no valor total de R$ 4,5 bilhões. O projeto, com custo total de R$ 5,4 bilhões, inclui a instalação de quatro turbogeradores e uma linha de transmissão de 3,8 km, conectando a usina ao Sistema Interligado Nacional (SIN). Além disso, a Portocem terá como principal combustível o gás natural, fornecido pelo Terminal de Regaseificação da Centrais Elétricas Barcarena S.A., já em operação.
Gás natural como solução sustentável e eficiente
O gás natural, utilizado pela termelétrica, oferece uma alternativa mais limpa em comparação ao carvão ou óleo combustível. Segundo o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, essa escolha reforça o compromisso com uma matriz energética mais sustentável, reduzindo significativamente a emissão de gases de efeito estufa. A diretora Luciana Costa destacou que o gás natural atua como combustível de transição, proporcionando estabilidade ao sistema elétrico e facilitando a expansão de fontes renováveis.
Benefícios estratégicos da localização em Barcarena
A construção da usina ocorrerá no Porto de Vila do Conde, em Barcarena, um local estratégico com acesso hidroviário e próximo a grandes centros de consumo de energia, como a região metropolitana de Belém. Além disso, a infraestrutura disponível na área facilita a substituição de combustíveis fósseis mais poluentes por gás natural em processos industriais.
A Portocem está programada para iniciar operações comerciais em agosto de 2026, consolidando-se como uma peça-chave na segurança energética brasileira.