A tabela do Imposto de Renda (IR) permanecerá congelada em 2025, impactando trabalhadores que recebem acima de R$ 2.824. A ausência de mudanças mantém a faixa de isenção em valores defasados, o que afeta contribuintes de baixa renda. Essa decisão reflete a falta de aprovação da reforma do IR, adiada para após a votação do Orçamento de 2025.
Reforma do IR e faixas de tributação
O governo planejava ampliar a faixa de isenção para R$ 5 mil como parte da reforma tributária. Em troca, uma nova alíquota de 10% seria aplicada sobre rendimentos superiores a R$ 50 mil. Contudo, ajustes nos cálculos da Receita Federal adiaram a proposta, que agora deve ser enviada ao Congresso apenas em fevereiro ou março.
Impactos para os contribuintes
Atualmente, o limite oficial de isenção é de R$ 2.259,20. Para garantir a isenção de até R$ 2.824, aplica-se um desconto simplificado de R$ 564,80. Este desconto, no entanto, é opcional, e quem possui deduções maiores, como dependentes ou gastos com saúde, pode optar por outro modelo de declaração. A última atualização na tabela progressiva ocorreu em fevereiro de 2024, mas as demais faixas seguem inalteradas desde 2015.
Expectativas para 2025
A manutenção da tabela atual reforça o impacto do congelamento sobre a classe média e trabalhadores com renda próxima ao limite de isenção. A revisão prometida pelo governo visa corrigir essa distorção, mas depende de aprovação legislativa e de cálculos fiscais que ainda estão em revisão.
Confira a tabela progressiva mensal do IRPF, já com o desconto aplicado ao salário
Base de Cálculo | Alíquota | Parcela a deduzir do IR |
Até R$ 2.259,20 | zero | zero |
De R$ 2.259,21 até R$ 2.826,65 | 7,5% | R$ 169,44 |
De R$ 2.826,66 até R$ 3.751,05 | 15% | R$ 381,44 |
De R$ 3.751,06 até R$ 4.664,68 | 22,5% | R$ 662,77 |
Acima de R$ 4.664,68 | 27,5% | R$ 896 |
Foto: Joédson Alves/Agência Brasil