As vendas no comércio varejista brasileiro apresentaram uma queda de 0,4% na comparação entre outubro e novembro de 2024. Esse desempenho foi influenciado principalmente pelo setor de móveis e eletrodomésticos, que sofreu um recuo de 2,8%. Apesar da queda, o IBGE considera o resultado dentro de um patamar de estabilidade, especialmente após o crescimento registrado em outubro, quando as vendas subiram 0,4% em relação a setembro.
Impacto do Setor de Móveis e Eletrodomésticos
A queda nas vendas foi mais acentuada no setor de móveis e eletrodomésticos, que, após o avanço de 7,8% em outubro devido a promoções antecipadas da Black Friday, registrou uma diminuição de 2,8%. Esse segmento, responsável por uma fatia importante das vendas do varejo, mostrou um comportamento de volatilidade devido à sazonalidade de promoções. Além disso, outros setores também apresentaram queda, como artigos farmacêuticos e de perfumaria (-2,2%) e livros, jornais e revistas (-1,5%).
Supermercados e o Comportamento Estável
Os supermercados, que representam 53,2% do varejo nacional, mostraram uma pequena queda de 0,1% entre outubro e novembro. De acordo com o gerente da pesquisa, Cristiano Santos, esse movimento é uma acomodação após um período de crescimento, em parte devido à inflação dos alimentos. O setor de alimentos permanece estável, mas sem registrar os avanços significativos de meses anteriores.
Setores de Crescimento no Comércio
Apesar da queda no total das vendas, alguns setores mostraram um desempenho positivo. O setor de equipamentos e material para escritório, informática e comunicação cresceu 3,5%, seguido pelo aumento de 1,5% nas vendas de combustíveis e lubrificantes. Além disso, o setor de vestuário e calçados registrou alta de 1,4%, o que contribuiu para o equilíbrio do desempenho geral do comércio.
O Comércio Varejista no Acumulado de 2024
Apesar do recuo de 0,4% em novembro, o comércio varejista segue com um desempenho positivo em 2024. No acumulado dos 11 primeiros meses do ano, as vendas cresceram 5% em relação ao mesmo período de 2023. O crescimento de 4,7% no comparativo com novembro do ano passado reforça o otimismo para o fechamento do ano. O mercado continua a registrar resultados positivos, mesmo com flutuações mensais, indicando um cenário de recuperação contínua para o comércio.
Foto: 01.12.2011/Arquivo/Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
