Extrativistas de Lábrea, município localizado a 702 km de Manaus, receberam, em 2024, R$ 1,4 milhão pela venda de borracha e subvenção do Governo do Amazonas. O valor foi distribuído entre 320 trabalhadores da Associação de Produtores Agroextrativistas da Comunidade José Gonçalves (APACJG). A comercialização da borracha, que somou 70 toneladas, também envolveu a parceria com empresas como a multinacional francesa Veja e a Michelin, que utilizam a borracha em seus produtos.
Parceria com a Veja e a Michelin
A parceria com a Veja, que já realizava negócios semelhantes com extrativistas no Acre, expandiu-se para Lábrea. Inicialmente, em 2019, a produção comercializada foi de 3,5 toneladas, mas, ao longo do tempo, esse número aumentou significativamente, atingindo 70 toneladas em 2024. Além disso, a Michelin também é uma das grandes compradoras da borracha produzida na região, o que garantiu a ampliação da produção e beneficiou um número crescente de extrativistas.
Pagamentos e Subvenções
Os extrativistas de Lábrea recebem atualmente R$ 17 por quilo de borracha. Esse valor inclui um bônus adicional de R$ 3 para os produtores que atendem às especificações de qualidade da empresa, como o cuidado com as árvores e a preservação ambiental. Além da venda da borracha, os trabalhadores também recebem uma subvenção do Governo do Amazonas, o que aumenta a renda da comunidade local.
Impacto Econômico para a Comunidade
Essa ação tem gerado um impacto positivo significativo na economia local. A colaboração entre o Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável (Idam), a Agência de Desenvolvimento Sustentável do Amazonas (ADS) e a Prefeitura de Lábrea tem permitido que mais extrativistas se beneficiem da venda de borracha. Além disso, o Idam busca incluir os extrativistas da região de Humaitá, vizinha a Lábrea, no pagamento da subvenção federal, ampliando ainda mais os benefícios.
Com esse projeto, a região de Lábrea se torna um exemplo de sucesso para a comercialização sustentável de borracha. A colaboração entre o setor público e privado está gerando resultados positivos para os extrativistas, promovendo a inclusão social e o desenvolvimento econômico local.
Fotos: Divulgação/Idam