Prefeitura de Manaus trabalha em ação conjunta para identificar famílias venezuelanas

As famílias venezuelanas em situação de trabalho infantil ou mendicância que ficam situadas nas proximidades da avenida Governador José Lindoso, no bairro Aleixo, zona Centro-Sul, participaram de uma ação conjunta da Prefeitura de Manaus, nesta quinta-feira, 19/9, para cadastrar os refugiados. A ação faz parte da operação Acolhida, realizada pela Força Nacional, em conjunto com representantes do município e do Estado.

 

O trabalho reuniu o serviço de abordagem social da Secretaria Municipal da Mulher, Assistência Social e Cidadania (Semasc), Núcleo de Assistência à Criança e Família em Situação de Risco (Nacer) e Secretaria de Estado de Assistência Social (Seas).

 

“Estamos mapeando toda a população venezuelana que se encontra em logradouros públicos, com ou sem criança fazendo a mendicância. O Executivo municipal tem prestado todo o apoio para preservar os direitos de crianças e adolescentes e levar mais dignidade aos refugiados, como nos orienta o prefeito Arthur Virgílio Neto”, destacou a secretária da Semasc, Conceição Sampaio.

 

Estão sendo verificados se os adultos têm a documentação básica, como identidade, CPF e carteira de trabalho e se as crianças têm registro de nascimento e cartão de vacinas atualizado.

 

A intenção dos parceiros é o mapeamento de famílias venezuelanas em situação de trabalho infantil e mendicância, e visa conhecer suas demandas e incluí-las na rede de serviços socioassistenciais e nas demais políticas públicas, na perspectiva da garantia de seus direitos.

 

Durante a ação foram identificadas crianças acompanhadas de seus familiares em situação de mendicância. E após identificação, encaminhadas para os órgãos e instituições que prestarão assistência conforme a necessidade de cada família e indivíduo.

 

A diretora do Departamento de Proteção Social Especial (DPSE) da Semasc, Mirella Lauschner, explicou como funciona a identificação e o mapeamento dessas famílias. “Estamos verificando se a mãe ou pai está no sinal com os filhos porque não conseguiu vaga na escola para matriculá-los ou se não conseguiu se inscrever nos programas sociais como o Cadastro Único, ou não tem documentos. A partir dessa identificação, as equipes de abordagem social dos órgãos envolvidos realizam um mapeamento e uma articulação intersetorial para o encaminhamento das famílias, no intuito de que elas possam ter todos os seus direitos garantidos”, pontuou a diretora.

 

Fluxo de trabalho

 

A Semasc trabalha com o Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (Peti), identificando crianças e adolescentes nessa violação de direitos nos logradouros públicos da capital.

 

Na questão dos venezuelanos foi montada uma força-tarefa entre Semasc, Seas e Organizações da Sociedade Civil (OSC), para o mapeamento dessas famílias em situação de mendicância e trabalho infantil. O trabalho foi dividido entre esses órgãos e entidades. A Semasc ficou responsável pela abordagem social e mapeamento das zonas Sul e Centro-Sul.

 

As OSCs participantes da ação foram fomentadas pela Seas para realizar a abordagem social: O Pequeno Nazareno, Reame/Janel Doylle, Associação Mãos Amigas, Desafio Jovem, Movimento Comunitário Vida e Esperança, Instituto de Ação Social Vida e Saúde do Amazonas, Nacer e Centro de Formação Vida Alegre. Houve uma divisão por territórios de acordo com a localização das OSCs.

 

Monitoramento

 

Está sendo realizado um monitoramento das instituições para as quais essas famílias estão sendo encaminhadas. Com a resposta das instituições, será contabilizado o número de famílias atendidas e os dados se elas compareceram ou não ao serviço que foi requerido no momento da identificação.

 

Posteriormente, haverá uma ação de retorno com eles para identificar o motivo que levou ao não comparecimento aos órgãos competentes.