Militares suspeitos de planejar golpe são presos pela PF

A Polícia Federal prendeu militares suspeitos de planejar um golpe de Estado em 2022. O plano incluía o assassinato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do vice-presidente Geraldo Alckmin antes da posse. A Operação Contragolpe, deflagrada nesta terça-feira (19), revelou detalhes do esquema que também previa a execução de um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF).

Golpe de Estado com plano detalhado

Segundo a PF, o grupo elaborou um plano intitulado “Punhal Verde e Amarelo” para interromper o processo democrático. A ação envolvia o uso de técnicas militares avançadas e previa a criação de um gabinete de gestão de crise liderado pelos próprios envolvidos. Além de atacar os chefes do Executivo, os suspeitos planejavam restringir a atuação do Judiciário, incluindo a prisão de um ministro do STF.

Operação cumpriu mandados em quatro regiões

A operação ocorreu em quatro estados, com apoio do Exército Brasileiro. Foram cumpridos cinco mandados de prisão preventiva, além de medidas como proibição de contato entre investigados e entrega de passaportes. De acordo com a PF, a maioria dos suspeitos possui formação em forças especiais e usou conhecimentos técnico-militares no planejamento das ações ilícitas.

Agravamento das acusações

Os fatos investigados configuram crimes graves, como tentativa de golpe de Estado e abolição violenta do Estado Democrático de Direito. Em fevereiro, a PF já havia identificado um grupo que monitorava o ministro Alexandre de Moraes, reforçando os indícios de coordenação entre os investigados.

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil