As vendas no comércio brasileiro tiveram um crescimento de 0,5% em setembro, alcançando novamente o patamar recorde da série histórica, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esse aumento contrasta com a ligeira queda de 0,2% observada entre julho e agosto, demonstrando um reaquecimento no setor. Além disso, a comparação com setembro de 2023 mostra um avanço de 2,1%, enquanto o acumulado do ano aponta um crescimento de 4,8%.
Atividades com Crescimento
O IBGE revela que quatro dos oito segmentos de comércio pesquisados apresentaram resultados positivos. Entre eles, destacaram-se “outros artigos de uso pessoal e doméstico” com 3,5% de crescimento, combustíveis e lubrificantes com 2,3%, e produtos farmacêuticos, médicos e ortopédicos com 1,6%. Esses segmentos ajudam a impulsionar o crescimento geral do comércio, ainda mais considerando o peso significativo das vendas em supermercados, que representam 55,6% da pesquisa.
Comércio Ampliado e Setores em Destaque
Além do varejo geral, o comércio ampliado, que inclui vendas de veículos, motos e materiais de construção, cresceu 1,8% em setembro. Esse índice supera o recorde anterior registrado em agosto de 2013. O aumento do crédito para veículos e o crescimento no número de pessoas ocupadas foram fatores fundamentais para essa expansão. Na comparação com setembro de 2023, o comércio ampliado cresceu 3,9%.
Fatores que Impulsionam o Crescimento
Cristiano Santos, gerente da pesquisa do IBGE, avalia que fatores como o aumento da massa salarial e o acesso ao crédito para pessoa física foram fundamentais para o desempenho do setor. Ele observa que o comércio tem se mantido em um nível alto, impulsionado especialmente pelo aumento de ocupação no mercado e pelo consumo de produtos essenciais, como alimentos e medicamentos.
O crescimento das vendas no comércio brasileiro reforça o impacto positivo da renda e do crédito na economia.
Foto: Arquivo/Elza Fiúza/Agência Brasil