O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que reflete a variação da cesta de compras das famílias com renda de até cinco salários mínimos, registrou inflação de 0,61% em outubro deste ano. O número superou o índice de setembro (0,48%) e o mesmo mês do ano passado (0,12%), o que indica uma pressão maior nos preços para essas famílias. A alta foi impulsionada principalmente pelos preços dos alimentos.
Impactos do aumento de preços
Os alimentos foram os principais responsáveis pela alta observada no INPC. Em outubro, os produtos alimentícios apresentaram uma inflação de 1,11%. Esse aumento é significativo, pois reflete diretamente no bolso das famílias com menor poder aquisitivo, que destinam maior parte de sua renda para a compra de alimentos. Por outro lado, os itens não alimentícios tiveram uma alta mais modesta, de 0,45%, mostrando que, enquanto o custo de vida aumentou de forma generalizada, a inflação foi mais expressiva para os alimentos.
Comparação com o IPCA
Quando comparado com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do Brasil, o INPC de outubro se saiu melhor. O IPCA apresentou uma variação de 0,56% no período, o que significa que a inflação para as famílias de renda mais baixa foi mais alta do que a inflação geral medida pelo IPCA. No acumulado do ano, o INPC também se mostrou um pouco superior ao IPCA, com 3,92% contra 3,88% do índice oficial.
Apesar de uma variação de 0,61% em outubro, o INPC tem uma taxa acumulada de 4,60% nos últimos 12 meses, abaixo do IPCA, que registrou 4,76%. Esse índice, embora ainda elevado, está abaixo do esperado, o que traz uma leve perspectiva positiva para as famílias de renda mais baixa.
O cenário de alta inflação para produtos essenciais como alimentos exige atenção das autoridades econômicas, que precisam buscar estratégias para controlar a pressão nos preços e proteger as famílias com menos recursos.
Foto: EBC/Arquivo
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