O desemprego no Brasil atingiu 6,4% entre julho e setembro de 2024, segundo o IBGE, tornando-se a segunda menor taxa de desocupação desde 2012. O índice atual revela uma queda de 0,5 ponto percentual em relação ao trimestre anterior e de 1,3 ponto em comparação ao mesmo período de 2023, quando estava em 7,7%. Esse cenário favorável reflete a expansão do mercado de trabalho no país, com diversos setores econômicos contratando mais, principalmente nas áreas de indústria e comércio.
Expansão dos setores da Indústria e Comércio
A indústria e o comércio foram fundamentais para a redução do desemprego, somando 709 mil novos empregos formais e informais neste trimestre. Somente a indústria registrou 416 mil novas contratações, especialmente com carteira assinada, enquanto o comércio trouxe um aumento de 291 mil trabalhadores, embora a maior parte sem carteira. De forma geral, esses setores contribuíram com a criação de oportunidades tanto para empregados com carteira quanto para trabalhadores informais.
Alta no número de empregados privados e públicos
O setor privado teve um aumento expressivo de 2,2% no número de empregados, atingindo 53,3 milhões. O número de funcionários com carteira assinada subiu para 39,0 milhões, enquanto o trabalho sem carteira alcançou 14,3 milhões. Já no setor público, o crescimento foi puxado principalmente por servidores sem carteira, que aumentaram 4,2% no trimestre, enquanto os militares e servidores estatutários mantiveram-se estáveis.
Rendimento e massa de rendimentos sobem
Em relação ao rendimento médio real dos trabalhadores, houve estabilidade, com a média mensal alcançando R$ 3.227. Contudo, na comparação com o mesmo trimestre de 2023, o aumento foi de 3,7%, refletindo o crescimento da massa de rendimentos, que chegou a R$ 327,7 bilhões, um avanço anual de 7,2%. Esses números reforçam o impacto positivo das contratações no poder de compra da população.
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