Suframa apoia projetos de bioplásticos na Tutiplast

Suframa conhece projetos de bioplásticos inovadores na Tutiplast
Nesta quarta-feira (9), a Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) visitou a Tutiplast, localizada no Distrito Industrial I, em Manaus. A empresa, com 31 anos de atuação na produção de peças plásticas, apresentou novos projetos focados em bioplásticos, destacando o uso de fibras vegetais, como curauá e ouriço da castanha. Esta iniciativa busca fortalecer a sustentabilidade na indústria local e promover a conexão com a biodiversidade da Amazônia.

Importância das fibras vegetais para o futuro da indústria

Durante a visita, Fábio Calderaro, gerente de novos negócios da Tutiplast, enfatizou a relevância do segmento termoplástico no Polo Industrial de Manaus (PIM). O setor ocupa o quarto lugar em importância na indústria local. “Compramos três toneladas de fibra de Lábrea por mês e, se houvesse mais produção, compraríamos mais”, afirmou Calderaro, ressaltando a necessidade de investimentos na produção de mudas. Ele também sugeriu que a Suframa acompanhe o Projeto de Lei 25/24, que definirá o futuro dos plásticos.

Tutiplast e sua visão de crescimento

Mariana Barrela, CEO da Tutiplast, compartilhou que a empresa está investindo no desenvolvimento de bioplásticos. O objetivo é aumentar o faturamento anual de R$ 500 milhões para R$ 700 milhões nos próximos cinco anos. Com uma equipe de 2 mil funcionários, a Tutiplast processa 900 toneladas de resina mensalmente, atendendo principalmente o setor de duas rodas e os segmentos de eletroeletrônicos.

Projetos inovadores em andamento

A comitiva da Suframa percorreu as linhas de produção da planta. Além da unidade matriz em Manaus, a Tutiplast possui uma filial em João Pessoa, na Paraíba. Durante a visita, a empresa apresentou um projeto-piloto de produção de fibras de curauá, atualmente em fase experimental na Comunidade Santo Antônio de Caxinauá, em Itacoatiara. Também foi discutido um projeto de produção de fibra a partir do ouriço da castanha do Brasil, visando fortalecer as cadeias produtivas regionais.

Apoio à inovação e sustentabilidade

Bosco Saraiva, superintendente da Suframa, comentou sobre o potencial das fibras vegetais, como o curauá, para desenvolver novos materiais. “Temos expertise com o abacaxi, o que pode ser replicado com o curauá”, disse. Ele reforçou o interesse em incentivar projetos que utilizem recursos locais da Amazônia, destacando a necessidade de impulsionar a inovação industrial na região.

Fotos: Layana Rios/Suframa