A seca no Amazonas impacta gravemente o transporte fluvial, reduzindo em até 80% o volume de cargas. Desde o início da estiagem, o sistema logístico da região, fundamental para a economia local, enfrenta sérias dificuldades. Dados do Sindicato das Empresas de Navegação Fluvial do Estado do Amazonas (Sindarma) indicam que a situação é crítica, afetando o abastecimento de produtos essenciais.
Efeitos da Seca nos Rios
Na última semana, o Rio Negro atingiu o nível mais baixo da história, com apenas 12,66 metros. Madson Nóbrega, vice-presidente do Sindarma, destacou que essa redução de profundidade exige que as embarcações diminuam a carga para evitar encalhar em bancos de areia. Como resultado, o volume de produtos transportados diminuiu drasticamente, aumentando os custos e limitando operações em Manaus e em municípios mais distantes. A escassez de transporte fluvial traz desafios à distribuição de itens vitais para a população local.
Aumento da Insegurança
Além dos desafios logísticos, a seca agrava a insegurança nas rotas de navegação. Com as embarcações navegando mais lentamente e a proibição da navegação noturna em muitos trechos, as ações de pirataria aumentam. “A insegurança cresce com a seca. Os piratas aproveitam a vulnerabilidade das embarcações”, ressaltou Nóbrega. Isso resulta em um cenário alarmante para os navegadores, que enfrentam não apenas a dificuldade de transporte, mas também o risco constante de ataques.
Previsões Inconclusivas
As previsões para o fim da estiagem permanecem incertas. Embora alguns navegadores acreditem que a água dos rios pode retornar mais cedo, essa expectativa não é garantida. “Todas as previsões falharam até agora”, afirmou Nóbrega, ressaltando que a situação continua crítica, sem soluções à vista.
A crise no transporte fluvial devido à seca no AM revela a fragilidade do sistema logístico na região. O aumento da insegurança e a incerteza nas previsões climáticas geram um cenário preocupante para a economia local.
Foto: Agência Brasil
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