O procedimento é indicado principalmente para quem tem artrose e tendinopatia
Uma nova técnica com luz infravermelha, focada na coleta de tecido adiposo (rico em células-tronco) e com potencial de tratar lesões complexas resultantes de doenças degenerativas, foi empregada durante cirurgia realizada na Fundação Hospital Adriano Jorge (FHAJ), unidade da Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM), na manhã deste sábado (25/05)
A secretária de Estado de Saúde, Nayara Maksoud, explica que o novo procedimento aprimora o tratamento de pacientes com doenças degenerativas e sua adoção está sendo estudada como parte dos esforços do Governo do Estado em oferecer recursos que possam levar melhorias para a saúde da população.
“A aplicação desse método é motivo de comemoração porque ele é menos invasivo e diminui o tempo de recuperação do paciente. Além disso, está dentro da orientação do governador Wilson Lima de usarmos a tecnologia e o trabalho técnico em prol da saúde do amazonense”, disse.
O diretor-presidente da FHAJ, Ayllon Menezes, relatou que o procedimento, realizado em um paciente de 49 anos diagnosticado com artrose grau 4 no joelho direito, garante melhorias nas articulações.
Ayllon enfatizou ainda que a técnica não utiliza cortes e é capaz de acelerar e melhorar tratamentos e processos de cicatrização. “Essa recuperação tende a ser mais confortável, ou seja, menos dolorosa, melhorando, assim, a flexibilidade da pele nos casos de reconstruções de cartilagem”, pontuou o diretor.
One Step
O ortopedista Marcos George de Souza Leão, que esteve à frente do procedimento cirúrgico, explicou que o One Step é uma solução moderna para a medicina estética e regenerativa.
Segundo ele, a técnica promove a coleta da gordura do próprio paciente, retirada por meio de um laser de alta frequência, liberando melhor as células gordurosas. Na sequência, o material é centrifugado, processo no qual é possível separar as células-tronco e, posteriormente, injetá-las na articulação ou no tendão do paciente.
“É a primeira vez que estamos realizando essa metodologia aqui no Adriano Jorge. Já existem muitos trabalhos consolidados sobre essa técnica no Brasil, principalmente em casos de pacientes com que não têm mais indicação clínica para fazer cirurgias invasivas”, ressaltou o profissional.
Fotos: Amanda Amorim/FHAJ e Divulgação