Campina Grande, no agreste paraibano, tem o orgulho de sediar o Maior São João do Mundo. A festa, que teve sua primeira edição em 1983, reúne anualmente turistas de diversas partes do Brasil. Para a edição de 2017 – de 02 junho a 2 de julho – são esperados cerca de 2,5 milhões de visitantes que movimentarão diversos setores econômicos da cidade. Além do Parque do Povo, palco oficial das comemorações, o Memorial Do Maior São João do Mundo, a Vila do Artesão e o Sítio São João são importantes espaços de preservação das raízes culturais da região e paradas obrigatórias para entrar no clima dos festejos.
O Parque do Povo é uma verdadeira cidade cenográfica. No arraial é possível encontrar réplicas da catedral e outras construções históricas da cidade. Além das duas palhoças: Seu Vavá e Zé Lagoa. É lá que, embalados pelo forró pé de serra, casais de todas as idades dançam o mais tradicional dos ritmos juninos. Além do palco principal – em formato inédito de 360º – 18 restaurantes, 25 barracas de alimentação, 16 barracas da Vila Nova da Rainha (nome oficial da cidade na época de sua fundação, em 1970), 112 bares e as 10 barracas na Pirâmide garantem entretenimento pelos 43 mil m². Os shows começam por volta das 20h e entram madrugada à dentro nos arredores da grande fogueira que dura mês inteiro.
O prefeito Romero Rodrigues exalta a importância cultural e econômica da festa para a cidade. “Neste período de realização do Maior São João do Mundo, Campina Grande tem arrecadação de receita superior ao período do Natal, contrariando um fenômeno que acontece em quase todo o mundo onde o melhor mês é o de dezembro. Temos previsão, com base nos anos anteriores, de arrecadar uma receita extra de cerca de R$ 180 milhões”, afirmou. De acordo com Romero, entre as atividades impactadas positivamente estão hotéis, restaurantes, bares e simulares, além das barracas do Parque do Povo.
As danças típicas, tão características nos festejos juninos tem espaço garantido na “Pirâmide do Povo”. As competições oficias começaram na terça-feira (6) com a participação de 11 grupos de Campina Grande e outras cidades do Agreste Paraibano participam. Ponto de encontro dos turistas que visitam a cidade, o Memorial do Maior São João do Mundo retrata a evolução da festa e estimula o debate sobre a importância da tradição e valorização da cultura popular nordestina. A história é contada a partir de imagens da construção, inauguração do Parque do Povo, cartazes e jornais, além de roupas e outros adereços que possibilitam ao visitante vivenciar parte da festa.
“O orgulho que o campinense tem do seu São João é o que possibilitou reunirmos todo esse acervo, que faz com que ele se renove sempre e seja tão vivo. Não é só a estrutura que faz o nosso São João o Maior do Mundo, é a garra do povo e o amor que a população tem pela festa”, diz a idealizadora e responsável pelo espaço, a professora Cléa Cordeiro.
Com a proposta de valorizar a cultura popular, o Sítio São João é um espaço cenográfico idealizado para reproduzir um autêntico vilarejo rural, com imóveis como a casa de farinha, o engenho de cana, a bodega, uma difusora, onde os visitantes podem voltar no tempo e não só conhecer como vivenciar parte do passado do povo nordestino.
Outros atrativos
Em meio a uma agenda intensa dos festejos, vale a pena uma pausa para conferir a última obra de Oscar Niemeyer concluída em vida. Localizado às margens do Açude Velho, o Museu de Arte Popular da Paraíba (MAPP) é também conhecido como Museu dos Três Pandeiros. O apelido recebido devido aos três prédios espelhados e em formato circular, é uma homenagem ao artista paraibano Jackson do Pandeiro. O espaço reúne grande acervo relacionados à cultura campinense e do estado da Paraíba, divididos em artesanato, poesia e repente e música. O MAPP funciona de terça à sexta-feira, das 10h às 20h e aos finais de semana entre 15h e 20h.
A Locomotiva do Forró é mais um dos atrativos turísticos no período do Maior São João do Mundo e comemora, em 2017, 20 anos. As primeiras viagens do tradicional trem serão realizadas este fim de semana, dias 10 e 11 de junho. O embarque acontece às 10h, no Museu do Algodão – Estação Velha, percorrendo um trajeto de paisagens bucólicas até o distrito de Galante, ao som do mais autêntico forró pé-de-serra.
O município dispõe de 39 estabelecimentos de hospedagem, totalizando 3.183 leitos. E está acostumado a lidar com taxas de ocupação próximas a 100% nesta época, uma oportunidade de crescimento. De acordo com o presidente do Sindicato Empresarial de Hospedagem e Alimentação de Campina Grande, Divaildo Bartholomeu de Lima “é essa demanda que só aumenta que fez com que grandes redes hoteleiras investissem na cidade’’, comemora.
Fonte: Agência de Notícias do Turismo