Aulas são ministradas por acadêmicos dos cursos de Engenharia da Universidade do Estado do Amazonas (UEA)
Com aulas práticas e teóricas três vezes por semana, estudantes da Escola Estadual Marcantônio Vilaça 1, na Cidade Nova, zona norte, estão aprendendo a realizar ligações elétricas por meio de um laboratório móvel de engenharia instalado na unidade de ensino. As oficinas, que tiveram início em fevereiro, fazem parte do projeto ‘Academia Stem’, da Universidade do Estado do Amazonas (UEA) em parceria com a Samsung.
A iniciativa mobiliza todas as turmas de Ensino Médio da escola, que se revezam, semanalmente, no laboratório. Na escola, a comissão organizadora do projeto trabalha com o objetivo de atrair os estudantes para a área de engenharia, abordando temas relacionados à tecnologia e à indústria 4.0. Os estudantes Anthony Oliveira, de 15 anos, e Marcela Silva, de 16, gostaram da novidade na escola.
“Tem sido bem interessante e a gente consegue ter um aprendizado muito legal na área da tecnologia. Como a escola é em Tempo Integral, as aulas chamam a atenção dos alunos. Agora, a gente está fazendo semáforos e ligando vários leds em uma única rede”, contou Anthony.
“Trazer esse projeto para a escola foi uma ótima ideia. No futuro, com certeza qualquer área que eu escolher será da tecnologia. Esse curso, para mim, vai ser uma grande ajuda”, disse Marcela, ao traçar perspectivas para a carreira profissional.
Segundo a diretora da escola, Lidiane Lozana, o curso tem contribuído para despertar o interesse profissional dos alunos. “Nós estamos falando de alunos que vão prestar os vestibulares, escolher a profissão e se descobrirem. Às vezes, o aluno nem compreende que ele tem essa ligação com a engenharia, com a inovação, com a tecnologia. E, aqui, esse aluno vem se descobrir e elaborar o projeto de vida dele”, disse Lidiane.
Nas aulas, acadêmicos dos cursos de Engenharia da UEA, bolsistas do programa, tornam-se mentores dos futuros universitários. As turmas utilizam a estrutura do laboratório móvel para aplicar os conteúdos relacionados a tecnologias digitais e noções de eletrônica vistos na teoria.
“É algo que é muito abrangente no cotidiano. Muitos alunos nunca tiveram contato com nada disso. É algo totalmente novo e esse é exatamente o nosso conceito: trazer o interesse para essas áreas, porque depois dessa aula, alguns estudantes daqui vão pensar um pouco melhor”, disse Fernanda Pereira, uma das mentoras do curso e acadêmica do 9º período de Engenharia da Produção, da UEA.
O projeto
A sigla ‘Stem’, que compõe o nome do projeto, vem da abreviação de Science, Technology, Engineering and Mathematics (Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática). Esse conceito norteia as atividades desenvolvidas pelos acadêmicos em três pilares: atração, que busca levar as novas informações para estudantes de escolas públicas; permanência, que visa diminuir a evasão de alunos do Ensino Superior; e excelência, para aproximar acadêmicos do mercado de trabalho inovador.
O laboratório móvel de engenharia está instalado na Escola Estadual Marcantônio Vilaça 1 e na Escola Estadual Ruy Araújo, na Cachoeirinha, zona sul. A ideia é que as estruturas permaneçam instaladas até que todas as turmas do público-alvo (Ensino Médio) concluam as atividades. Em seguida, outras escolas públicas devem ser atendidas.
Fotos: Eduardo Cavalcante/Secretaria de Estado de Educação e Desporto Escolar