A Prefeitura de Manaus, em parceria com as secretarias de Estado de Educação e Qualidade do Ensino (Seduc) e de Justiça, Direitos Humanos e Cidadania (Sejusc), promoveu nesta quarta-feira, 31/7, a campanha ‘Coração Azul: contra o tráfico de pessoas’, em três escolas municipais, coordenadas pela Secretaria Municipal de Educação (Semed), localizadas na zona Leste da capital. O público-alvo foram estudantes de 12 a 14 anos, das escolas Nossa Senhora das Graças e Violeta de Mattos Areosa, localizadas nos bairros Colônia Antônio Aleixo e Puraquequara, respectivamente.
A ação ocorreu em alusão ao dia 30 de julho, data mundial de combate ao enfrentamento ao tráfico de pessoas, instituída pela Organização das Nações Unidas (ONU). A campanha existe para despertar a solidariedade com as vítimas e encorajar a sociedade a participar do enfrentamento ao tráfico de pessoas.
Para a gestora da escola municipal Nossa Senhora das Graças, Geysa Nascimento, a campanha é de extrema importância, principalmente porque a faixa etária dos alunos corresponde ao perfil das vítimas de tráfico de pessoas.
“Esse tipo de orientação é importante para que eles fiquem atentos, estejam sempre em alerta até onde eles devem seguir algumas pessoas, isto porque há pessoas que se aproximam por interesse, e é necessário ter cuidado. Essa campanha é capaz de revelar esse olhar atento, mostrando como eles podem agir”, avaliou.
De acordo com a chefe de Departamento de Promoção e Defesa de Direitos da Sejusc, Karine Mota, os estudantes ficaram extremamente interessados no assunto, algo novo para eles, apesar de já terem certo conhecimento trazido pelos pais.
“Nós estamos trabalhando mais a prevenção para eles estarem atentos aos canais de denúncia, o 180 e o 100. E falando da importância deles estarem ligados nesta questão de aliciamento pela internet, porque as crianças hoje em dia têm acesso às redes sociais onde ocorre esse aliciamento”, completou.
Durante o encontro, a aluna Yasmin Barreto, do 8º ano, pôde reconhecer situações onde esteve em risco e relatou que aprendeu a não confiar em desconhecidos que fazem qualquer tipo de proposta.
“Eu estava andando pelo Centro com a minha mãe, ela entrou em uma loja e eu fiquei na frente esperando. Em um dado momento um homem me abordou perguntando se eu queria ser modelo, se eu estava disposta a ser modelo. Depois do que eles falaram aqui, acho que podemos pesquisar bastante sobre esse tipo de coisa e sobre o que fazer”, finalizou Yasmin.
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