Na iminência de concessão do Selo pelo INPI, Sebrae realiza ciclo de seminários da IG Farinha Uarini

O Sebrae, em parceria com instituições como Fundação Amazonas Sustentável (FAS), ICMBio e Instituto Mamirauá, realiza seminários nos municípios da área de abrangência da Indicação Geográfica Farinha Uarini: Maraã, Alvarães, Tefé e Uarini.

 

Amanhã e quinta-feira (01/08), acontece na comunidade Boa Esperança, na Reserva de Desenvolvimento Sustentável Amanã, município de Maraã (610 quilômetros de Manaus), o Seminário Indicação Geográfica (IG) Farinha Uarini. O evento é uma iniciativa do Sebrae em parceria com instituições apoiadoras, como a Associação dos Produtores de Farinha de Mandioca da Região de Uarini, Prefeituras de Maraã e Tefé, Instituto Mamirauá, ICMBio Tefé, Fundação Amazonas Sustentável (FAS), Ministério da Agricultura.

O objetivo é comunicar aos produtores as regras para obtenção do selo de IG Farinha Uarini contidas no Caderno de Especificações Técnicas da IG, tais como cuidados no plantio, na produção, no ambiente da casa de farinha, do não uso de agrotóxico, entre outras diretrizes.

De acordo com o analista técnico do Sebrae em Tefé, José Antônio, “Toda a documentação que compõe o processo de solicitação do Selo de indicação geográfica para a farinha uarini já foi analisado pelo Instituto Nacional da Propriedade Industria (lNPI) e está conforme. No máximo até o mês de setembro deste ano o Selo deverá ser concedido e será um marco para os agricultores da região que estão buscando o acesso a novos mercados por meio da melhoria na preparação do produto, respeito ao meio ambiente e o fortalecimento da gestão de associações e cooperativas.

De acordo com o site do INPI, o selo da Indicação Geográfica (IG) é um ativo de propriedade industrial usado para identificar a origem de um determinado produto ou serviço, quando o local tenha se tornado conhecido, ou quando certa característica ou qualidade desse produto ou serviço se deva à sua origem geográfica. Ainda de acordo com José Antônio, o Selo vai conferir originalidade à farinha produzida do tipo Uarini.

O produtor rural de Tefé, Pedro Batista, presidente da Coopagens e membro do Conselho Regulador da IG,  afirma que “somente com a união dos produtores e apoio de instituições como Sebrae, prefeitura de Tefé, Instituto Mamirauá e outras é que está sendo possível alcançar esse reconhecimento do governo brasileiro por meio do Selo. Agora o desafio é buscar mercados que reconheçam todo esse arranjo que está sendo construído desde 2014”. O processo de solicitação foi depositado em 2017 e atualmente encontra-se para análise final do INPI.

 

Ciclo de seminários 2019

Com a iminente concessão do selo pelo INPI, este ano o Sebrae está organizando com apoio de entidades parceiras um seminário em cada município da área de abrangência da indicação geográfica farinha uarini: Maraã nesta semana. Nos dias 8 e 9 de agosto o Seminário deverá ocorrer em Alvarães; depois Uarini, nos dia 15 e 16 de agosto; e Tefé, nos 18 e 19 de setembro. Todos os eventos serão realizados na zona rural desses municípios. No primeiro dia o evento contará com palestras técnicas do Sebrae, IDSM, Vigilância Sanitária, da Associação da IG entre outras. Já no segundo dia, haverá um Dia de Campo com oficina Boas Práticas de Produção de Farinha Uarini buscando a melhoria da fabricação do produto.

 

Processos de IG no Amazonas

O Sebrae, apoiado por instituições, tem apoiado os processos de IG em todo o Brasil, que possui atualmente 65 produtos com o Selo. No Amazonas está atuando nas cadeias produtivas do guaraná (Maués); peixes ornamentais (Barcelos e Santa Izabel do Rio Negro); abacaxi (Itacoatiara, Rio Preto da Eva e Manaus); pirarucu manejado (Tefé, Alvarães, Maraã, Uarini, Fonte Boa, Jutaí, Juruá, Japurá e Tonantins); e farinha uarini (Alvarães, Maraã, Uarini e Tefé).

De acordo com a diretora-técnica do Sebrae/AM, Adrianne Gonçalves, “o Selo marca o fim de uma etapa e o inicia o aprofundamento da estratégia para comunicar e buscar novos mercados para esse produto tão especial que é a farinha uarini. A partir de agora será possível comprovar para o consumidor a origem e a qualidade da farinha,  resultado de anos de trabalho realizado junto aos produtores na Região do Médio Solimões. Só assim será possível a valorização do produto e aumento do ganho pelo legítimo produtor da farinha uarini”.