A importância estratégica e da recuperação da BR-319, que liga Manaus (AM) a Porto Velho, capital de Rondônia (RO), foi tema dominante nos debates da Sessão Plenária, desta terça-feira (17), na Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam).
O deputado Sinésio Campos (PT) falou sobre o isolamento do Amazonas em relação ao resto do país, apontando que o estado possui poucas rodovias federais, aeroportos e que até os rios agora estão com trafegabilidade reduzida devido ao período de seca, que este ano alcançou o menor índice de profundidade em 120 anos. “Nosso direito constitucional de ir e vir é afetado, e por isso cobro do Governo Federal plano de ação que permita a recuperação da BR-319”, disse.
Em apartes, os deputados George Lins (UB) e Rozenha (PMB) apoiaram Campos, e cobraram o Ministério do Meio Ambiente e Ministério dos Transportes em relação a medidas sobre a trafegabilidade da rodovia. “Se a BR-319 não fosse no Amazonas, será que teriam duas pontes caídas há mais de um ano?”, questionou o deputado Rozenha, lembrando do desabamento de duas pontes ocorridas entre setembro e outubro de 2022, que afetou o fluxo de carros e diversos municípios do interior amazonense.
Contribuindo para o debate, a deputada Débora Menezes (PL) e Comandante Dan (Podemos) avaliaram como “falta de prioridade” da ministra Marina Silva, do Meio Ambiente, em relação à recuperação da rodovia. “Aqui temos que trabalhar deixando as bandeiras partidárias, pensando que nosso povo não pode continuar vivendo isolado”, disse Menezes, falando da necessidade de união dos esforços dos deputados estaduais e da bancada federal.
O presidente Roberto Cidade (UB) também se manifestou destacando que as ideologias partidárias devem ser esquecidas em busca da melhoria e desenvolvimento à população amazonense.
“Tanto o atual governo quanto o governo anterior não fizeram acontecer a recuperação da BR-319, ficando limitados pela burocracia e falta de licenças. Mas sonho e trabalho por essa estrada, para que a população amazonense possa ter essa opção de escoamento de produção, e de acesso ao resto do país”, enfatizou o presidente da Aleam.
Foto: Danilo Mello