O leite materno é um líquido complexo que contém carboidratos, proteínas, lipídios, vitaminas, minerais, substâncias imunocompetentes, entre outros nutrientes, e que pode prevenir doenças como diarreia, infecções respiratórias e alergias. Sensibilizar a sociedade para a importância da doação de leite humano, assim como, iniciativas a mais para a proteção e a promoção do aleitamento materno são os objetivos do Dia Mundial de Doação do Leite Humano, celebrado no dia 19 de maio.
A data surgiu durante discussões no V Congresso Brasileiro de Bancos de Leite Humano no ano de 2010, em Brasília. No evento, países da Ibero-América que possuem esse tipo de banco iniciaram um movimento para terem um “Dia Nacional de Doação de Leite Humano” e propuseram o dia 19 de maio. O Brasil também aderiu ao movimento para mudança da data, visando comemorar junto a todos os países, fortalecendo a criação de um “dia mundial” para a causa.
O leite humano é considerado um alimento completo e suficiente, inclusive misturado em água, para atender às necessidades nutricionais da criança durante os seis primeiros meses de vida. Além disso, auxilia na saúde dos pequenos criando uma proteção imunológica contra doenças infecciosas, na adequação nutricional e no desenvolvimento afetivo e psicológico.
A nutricionista Michelle Arruda, do Grupo Havida NotreDame Intermédica, conta que a data é um estímulo para que mães que produzem leite em excesso ajudem as que não possuem o suficiente para alimentar os filhos. Mulheres que têm alta produção costumam sentir desconforto, com vazamentos frequentes ou constantes nos seios e maior probabilidade de ter inflamação aguda dos tecidos da mama (mastite).
“É um dia para conscientizar mães a doarem seu excedente para bebês que precisam se alimentar para viver. O leite materno possui proteínas, vitaminas, minerais, gorduras boas e anticorpos, e contribui para o desenvolvimento e crescimento, por isso a importância da amamentação ou do consumo até os seis meses de idade”, afirma a nutricionista.
No Brasil, existem bancos de leite humano espalhados por todo o país, que recebem as doações e distribuem para os hospitais e maternidades que necessitam. É importante ressaltar que a doação não prejudica a saúde da mãe e não interfere na amamentação do seu próprio filho. O leite materno recupera a saúde de um bebê internado, prematuro e com baixo peso e proporciona o desenvolvimento e crescimento.
“Além do ato de amor, ela aumenta sua produção de leite, evita mastite nas mamas, controla seu peso corporal e evita infecção. Quanto mais se doa, mais produção ocorre nas mamas. Doar leite materno é salvar vidas, é um ato de amor”, ressalta Michelle.
Para poder doar, a mãe deve estar amamentando o seu próprio filho e estar com excesso de produção. Além disso, é necessário passar por uma avaliação clínica e realizar exames para garantir a segurança do leite doado.
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