Para amenizar possíveis traumas e mal-estar às mulheres que se submeteram à mastectomia, o presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (Aleam), deputado Roberto Cidade (UB), apresentou o Projeto de Lei (PL) nº 60/2023, que autoriza o Governo do Estado a celebração de parcerias para assegurar e ampliar o atendimento às mulheres mastectomizadas no acompanhamento fisioterapêutico durante os períodos pré e pós-operatório.
São esperados 704 mil casos novos de câncer no Brasil para cada ano do triênio 2023-2025, com destaque para as regiões Sul e Sudeste, que concentram cerca de 70% da incidência. As informações são da publicação Estimativa 2023 – Incidência de Câncer no Brasil, lançada pelo Instituto Nacional de Câncer (INCA).
“Os casos de câncer de mama têm grande incidência na nossa região também e os casos de mulheres que retiram as mamas, portanto, também é alto. Sem o tratamento adequado, essa condição, que já é bastante difícil, torna-se ainda mais complicada. Por isso, precisamos garantir meios para amenizar os traumas que a falta de tratamento ou o tratamento inadequado podem causar à saúde da mulher. Nossa proposta visa colaborar para a qualidade de vida das mulheres que se submeteram à mastectomia, por meio de tratamento prévio e pós”, argumentou.
É clinicamente confirmado que a fisioterapia para pacientes em tratamento de câncer de mama melhora a recuperação e auxilia na prevenção de complicações da doença, além de otimizar o processo de cicatrização, controlar edemas e tratar a dor nas pacientes.
Segundo o Projeto de Lei, a fisioterapia será realizada conforme o quadro clínico de cada paciente, cabendo ao Profissional da Fisioterapia definir que técnica terapêutica será aplicada e o número de sessões a serem ministradas. A propositura indica ainda que o Poder Executivo poderá estabelecer parceria junto às prefeituras do interior, visando capacitar profissionais da fisioterapia locais, no tratamento de pacientes mastectomizadas.
FCecon
Esse é um dos serviços oferecidos pela Fisioterapia da Fundação Centro de Controle de Oncologia do Estado do Amazonas (FCecon). No ano passado, o serviço de Fisioterapia da FCecon realizou cerca de 25 mil procedimentos, com uma média mensal de 387 pacientes atendidos.
A fisioterapia no pós-cirúrgico auxilia os pacientes no processo de cicatrização, no controle do edema e de equimose (manchas na pele por extravasamento de sangue).
Além do benefício ao paciente, que ocorre nas primeiras sessões, há economia para o hospital, pois diminui-se o custo hospitalar com insumos, medicação, internação e custo cirúrgico.
Foto: Joel Arthus