Uma operação policial hoje (3) no Morro do Salgueiro, na Tijuca, zona norte do Rio de Janeiro, terminou com três presos, um menor apreendido e uma pessoa morta na troca de tiros, além de um policial baleado. O policial foi atendido no Hospital Central da Polícia Militar e passa bem.
A operação conjunta da Polícia Civil e Polícia Militar contou com 90 agentes, entre policiais da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), do Batalhão de Ação com Cães e da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) local. O objetivo da ação foi cumprir oito mandados de prisão, 11 de busca e apreensão em residências e três de busca e apreensão de menores de idade.
Um dos presos é Bruno Nunes Vieira, apontado como gerente do tráfico na comunidade. Também foram presos Clebson de Figueiredo Aquino e Francisco de Assis da Cruz Júnior. Segundo a polícia, Carlos Eduardo Pereira de Souza foi baleado no confronto e chegou a ser socorrido no Hospital Federal do Andaraí, mas não resistiu e morreu. Com ele, foi apreendida uma pistola. Souza não estava entre os mandados expedidos para a operação de hoje, mas havia um mandado de prisão pendente contra ele, por tráfico de drogas.
De acordo com o titular da DPCA, delegado Deoclécio de Assis, a investigação começou há três meses para averiguar a presença de menores de idade no tráfico de drogas da região. “Nós consideramos que a ação de hoje foi coroada de êxito. Conseguimos retirar pelo menos um adolescente do julgo desses traficantes de drogas”.
O comandante da UPP Salgueiro, tenente Rodrigo Bento, destacou que a integração das corporações beneficia a comunidade. Na operação, também foram apreendidas duas pistolas e uma quantidade grande de drogas, ainda não contabilizada.
Guerra de facções
Sobre os confrontos de ontem, o diretor de Polícia Especializada, Marcelo Martins, explicou que a operação que levou à prisão de 45 pessoas na Cidade Alta, em Cordovil, foi desencadeada pela Secretaria de Segurança em conjunto com a Polícia Militar. Ele disse que o serviço de inteligência da Polícia Civil conseguiu frustrar outros ataques.
“O que eu posso garantir é que em diversas outras vezes, há cerca quatro meses, é feito um trabalho – não divulgado para a imprensa – que é para evitar esse suposto confronto, essa suposta reunião de alguns membros de facção em redutos dominados pela facção, que estavam se agrupando para dar um ataque naquela região. Isso, por umas cinco ou seis vezes, o setor de inteligência da Polícia Civil detectou e repassou para a Polícia Militar, que fez um cerco maravilhoso e silencioso, que não é divulgado nem aparece na grande imprensa”, finalizou.
Fonte: Agência Brasil