Nova etapa de vacinação contra febre aftosa inicia em 21 municípios do Amazonas

Uma nova etapa da campanha de vacinação contra a febre aftosa iniciou na última segunda-feira, 1º de maio, em 21 municípios do Amazonas. A campanha do Governo do Estado faz parte das ações de Defesa Sanitária Animal para promover a erradicação da doença em todo o Estado, de acordo com as diretrizes do Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa (PNEFA) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). A vacinação é obrigatória e deve ser aplicada em bovinos e bubalinos de todas as idades.

A campanha “Amazonas sem Aftosa”, coordenada pela Secretaria de Estado da Produção Rural (Sepror) e Agência de Defesa Agropecuária e Florestal do Estado do Amazonas (Adaf), é divida em duas fases com duas etapas cada uma. Esta, segundo o secretário de Estado da Produção Rural, Hamilton Casara, é a primeira etapa da segunda fase e compreende 21 novos municípios: Apuí, Barcelos, Canutama, Carauari, Eirunepé, Envira, Humaitá, Ipixuna, Itamarati, Juruá, Lábrea, Manicoré, Novo Airão, Novo Aripuanã, Pauini, Presidente Figueiredo, Santa Isabel do Rio Negro, Guajará, Boca do Acre, São Gabriel da Cachoeira e Tapauá.

Atualmente, o rebanho do Amazonas é 1.210.509 animais, sendo 1.136.232 bovinos e 74.277 bubalinos. A estimativa da Adaf, nesta etapa, segundo o diretor-presidente da Adaf, Alexandre Henrique de Araújo, é vacinar aproximadamente 700 mil animais entre bovinos e bubalinos.

“Este é um momento importante no trabalho de defesa sanitária animal desempenhado pelo Estado. A vacinação do rebanho garante a sanidade animal e possibilita a abertura de mercado, a valorização do rebanho e o livre comércio de animais, produtos e subprodutos para todo o país. Por isso, reforçamos, junto ao produtor e pecuarista, as datas de cada etapa e onde adquirir as vacinas”, pontua.

O preço médio da dose de vacina oscila entre R$1,80 e R$2,20. A vacina deve ser adquirida em casas agropecuárias credenciadas pela Adaf ou, nos municípios que não possuem esses estabelecimentos, nos escritórios do Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Amazonas (Idam).

Notificação

Em outros 41 municípios do Amazonas a primeira fase da campanha iniciou no dia 15 de março e encerrou no último domingo, 30 de abril. Este prazo, explica Casara, é de compra e aplicação da vacina. Nesses municípios os produtores e pecuaristas têm, ainda, mais quinze dias para notificar a vacinação nos escritórios da Adaf ou do Idam.

“Alcançamos índices de vacinação satisfatórios na última campanha, em 2016, com 93% do rebanho vacinado. Trabalhamos com ações educativas e informativas desde o início da campanha. É importante que o pecuarista procure um escritório do Idam ou da Adaf para notificar a vacinação dos animais. A notificação garante o registro do rebanho no sistema da agência de defesa e o repasse dessa informação ao Mapa”, reforça.

Quem não vacina e não notifica está, ainda, passível a penalidades como a multa. Não pode, ainda, retirar Guia de Trânsito Anima (GTA) – documento obrigatório para o trânsito de animal dentro e fora do Estado -, não pode participar de eventos pecuários e tão pouco transportar os animais para comercialização. No Amazonas, a multa é de R$ 40,00 por cabeça de gado não imunizado além de mais R$300,00 por propriedade e pagamento dos custos de deslocamento para ADAF realizar a vacinação, de acordo com a Lei nº 2.923, de 27/10/2004, e Decreto nº 25.583, de 28/12/2005.

Sobre a doença

A febre aftosa é uma doença causada por um vírus altamente contagioso, que acomete bovinos, bubalinos, caprinos, ovinos, suínos e outros animais de cascos fendidos.

Toda suspeita de doença vesicular, segundo Alexandre Henrique, é de notificação imediata e obrigatória. Qualquer pessoa que verifique a existência de sinais clínicos, tais como: salivação (babeira), claudicação (manqueira), vesículas (feridas) na boca, patas e úbere de bovinos, búfalos, caprinos, ovinos, suínos, além de outras espécies de casco fendido, deve comunicar imediatamente a unidade mais próxima da ADAF.

Área de médio risco

O Amazonas hoje é considerado médio risco para febre aftosa, segundo classificação do Mapa tendo atualmente quatro municípios com status sanitário livre de aftosa com vacinação reconhecido internacionalmente: Boca do Acre, Guajará, Sul de Lábrea e Sul de Canutama.

Com exceção do Amazonas e Amapá, o restante do país é livre com vacinação e somente o estado de Santa Catarina é livre sem vacinação.

Fonte: Portal Governo do Amazonas