Dundo e Zig versus Lina e Feaus, os duendes encantam no palco do Teatro Amazonas e exalam alegria com humor no tempo certo.
Revelando novos talentos e abrindo espaço para artistas locais de carreira, “O Encanto do Natal” leva ao Teatro Amazonas personagens que emocionam e, ao mesmo tempo, sabem extrair boas risadas da plateia. É o caso de Dundo, Zig, Lina e Feaus, os duendes do espetáculo, que se destacam pelas cenas de humor, com diálogos repletos de regionalidades. O espetáculo promovido pelo Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa, tem sua próxima récita nesta terça-feira (13/12), às 20h.
Jovens atores amazonenses dominam o palco e conduzem a narrativa que conta a história de Samuel, um adulto frustrado com o Natal. Os duendes-ajudantes do Papai Noel, Dundo e Zig, assumem a missão de resgatar no personagem a simbologia natalina, enquanto Lina e Feaus, duendes “do mal”, são o contraponto e não medem esforços para sustentar a atmosfera frustrante que ronda Samuel.
Diálogos leves que citam locais comuns aos amazonenses, como o Largo de São Sebastião, além de dialetos e gírias, estão na narrativa. Em meio ao contexto natalino, os duendes trazem à tona composições de sucesso, como “Tic Tic Tac (Bate forte o tambor)”, a coreana “Gangnam Style”, “Thriller” e “Macarena”.
A diretora artística do espetáculo, Ana Claudia Motta, explica que o texto de Roger Barbosa traz momentos sacros, de reflexão, de emoção e também de humor. “A própria dramaturgia já traz uma proposta de alguns personagens cômicos e, na ação, a gente potencializou essa questão cômica. Com bons atores, tudo fica mais fácil”, revela a diretora.
Personagens
No quarteto de atores que interpretam os duendes está o amazonense Clayson Charles, que soma 15 anos de carreira de ator e palhaço. Com um currículo de espetáculos, ele mostra intimidade com o palco, interpretando Dundo.
“O Dundo é mandão. Ele tem o parceiro, que sempre cumpre as ordens dele, o Zig. Tem aquelas pessoas que sempre têm um amigo, que dá ideia e que vai dar errado, o Dundo tem essa vibe”, disse o ator.
Já Matheus Salazar faz sua estreia no teatro no papel de Feaus. Ele é integrante do Coral Jovem do Liceu de Artes e Ofício Claudio Santoro e do Grupo Vocal dos Corpos Artísticos (GVCA). Ao participar das audições para escolha do elenco do espetáculo, o jovem ator conquistou o personagem e sabe da responsabilidade em prender a atenção da plateia.
“Querendo ou não são eles (duendes) que trazem essa pegada ultra cômica, o que joga o espetáculo para cima, ou seja, os duendes têm que estar com a energia a mil”, disse Matheus, que aposta na veia cômica. “Acho que foi muita essa questão de trazer o espetáculo de Natal para o nosso jeito, para a nossa regionalização, isso é muito importante”, completa.
A atriz Thiana Colares, amazonense do município de Autazes, interpreta a duende Lina. Com 10 anos de carreira e há quatro anos no elenco do espetáculo de Natal, nesta edição, ela assume um personagem antagonista com repentes de humor.
“A comicidade é isso. É o tempo, é feeling, é o timing e sentir a cena, uma pausa, às vezes o menos é mais. E que bom que o público está recebendo de forma muito positiva”, revela.
Temporada natalina
“O Encanto do Natal” é uma das atrações que integra “O Mundo Encantado do Natal”, promovido pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa e o Fundo de Promoção Social e Erradicação da Pobreza (FPS).
Com duas horas de duração, o musical contou com o envolvimento de mais de 150 profissionais, incluindo os Corpos Artísticos do estado, como Amazonas Filarmônica, Coral do Amazonas, Corpo de Dança do Amazonas e Balé Folclórico, e elenco do Liceu de Artes e Ofícios Claudio Santoro, além de artistas convidados.
Na regência do espetáculo se revezam os maestros Luiz Fernando Malheiro, Marcelo de Jesus e Otávio Simões. Ao todo, a montagem terá 16 apresentações, até o dia 23 de dezembro. A entrada é gratuita, mediante agendamento no Portal da Cultura (cultura.am.gov.br), a ser realizado na sexta-feira (16/12), a partir das 15h. A classificação é livre.
Fonte: Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa