14 de novembro é o Dia Mundial do Diabetes, uma doença silenciosa causada por altos níveis de glicose no sangue. O problema afeta milhares de pessoas, e o Brasil está entre os dez países com maior incidência de casos de diabetes no mundo. Segundo dados do Atlas do Diabetes da Federação Internacional de Diabetes (IDF), são cerca de 16,8 milhões de novos casos todos os anos. A data escolhida pela Federação Internacional de Diabetes e pela Organização Mundial de Saúde (OMS) serve para promover uma conscientização acerca da doença e ressaltar a importância da prevenção.
O médico Ricardo Bezerra, especialista em saúde da família do Hapvida NotreDame Intermédica, explica sobre a doença que costuma apresentar sinais somente em estágios mais avançados. “A diabetes é uma doença crônica que está em crescimento em todo o mundo e aparece, principalmente, após os 50 anos de idade, mas pode ocorrer antes, devido ao estilo de vida sedentário e a uma alimentação desregrada, rica em açúcar e carboidrato e pobre em proteínas, frutas e verduras. A doença está ligada ao acúmulo de açúcar no sangue. Dessa forma, o corpo não consegue metabolizar, causando danos que, de início, são imperceptíveis e só costumam aparecer após 10 anos”, explica.
Entre os principais sinais da diabetes, estão a sede excessiva, emagrecimento e vontade de urinar várias vezes ao dia e em grande quantidade. Nesses casos, é importante buscar ajuda com um endocrinologista para um diagnóstico e início do tratamento mais adequado. “Na maioria dos casos de diabetes, são utilizadas as mesmas medidas de prevenção da doença, ou seja, alimentação saudável e prática de exercício físico. Algumas vezes, será necessário introduzir medicação oral e, em casos mais avançados, o uso da insulina, que permite o controle da doença, evitando complicações”, aponta Ricardo Bezerra.
Por ser uma doença sem cura e que se agrava se não for tratada, o ideal é preveni-la e, em casos de já ter desenvolvido a doença, iniciar o tratamento de forma precoce. “Desde a infância, é necessário ter hábitos de vida saudáveis para evitar a diabetes. Quem tiver idade acima dos 50 anos ou histórico familiar da doença precisa estar atento e manter consultas de rotina com um endocrinologista para prevenir a doença e, se for diagnosticado, iniciar o tratamento de forma precoce, evitando complicações como retinopatia diabética, neuropatia periférica, doença renal crônica, além do risco de infarto e AVC que é maior para quem possui diabetes sem controle”, alerta Ricardo Bezerra, especialista em saúde da família do Hapvida NotreDame Intermédica.