Therezinha Ruiz defende união de forças contra os ataques à ZFM

A deputada Therezinha Ruiz (PSDB) expressou nesta quarta-feira (24) a sua preocupação com a proposta de simplificação do Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI), que segundo ela, acabaria com as vantagens da Zona Franca de Manaus (ZFM), referindo-se às recentes declarações do ministro da Economia, Paulo Guedes. “Precisamos unir as forças políticas do Amazonas e dos Estados vizinhos, para defender em Brasília o modelo econômico que sustenta a região”, defendeu a deputada.

Para Therezinha Ruiz a proposta do ministro Paulo Guedes em uma possível reforma tributária, revela o desconhecimento sobre a economia do Estado, propiciada pelo incentivo fiscal às empresas do Pólo Industrial de Manaus (PIM). “Demonstra também indiferença sobre o papel da Zona Franca na proteção do meio ambiente na região amazônica”, completa a parlamentar.

O modelo Zona Franca, que completou 52 anos de existência, com prerrogativas fiscais garantidas na Constituição Federal, segundo Therezinha Ruiz, é uma conquista que precisa ser defendida por toda a sociedade, como instrumento de fortalecimento da arrecadação do Estado, de oportunidades de empregos e de manutenção da floresta.

No entanto, nos últimos anos a ZF vem sofrendo constantes ataques e, hoje, o parque fabril do PIM se encontra restrito basicamente aos setores de eletroeletrônicos, de duas rodas, relojoeiro, termomecânico e plástico.

Na avaliação da deputada, o desafio é garantir a manutenção da vigência dos incentivos fiscais, para que o modelo atraia novos empreendimentos industriais. Para isso, ela defende a revitalização da ZF, incorporando avanços com a inclusão de recursos da biodiversidade e do turismo ecológico à matriz industrial, aproximando a economia da realidade regional.

Nesse sentido, Therezinha Ruiz destacou a importância da efetivação do Centro de Biotecnologia da Amazônia (CBA), para atuar na realização de pesquisas utilizando os produtos regionais de forma sustentável, como forma de fomentar a bioindústria.

“Precisamos de novas matrizes econômicas baseadas na biodiversidade da região, que deveriam ter sido criadas pelos governantes, como alternativa à Zona Franca, a fim de interiorizar o crescimento econômico e melhorar as condições de vida da população nos municípios amazonenses”, enfatiza a deputada.