A Escola do Legislativo Senador José Lindoso promove uma semana de atividades especiais e educativas, entre os dias 13 e 16 de setembro, em prol da campanha nacional do “Setembro Amarelo”. Criada em 2015 pelo Centro de Valorização da Vida (CVV), Conselho Federal de Medicina (CFM) e Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), o “Setembro Amarelo” é uma campanha de conscientização sobre a prevenção do suicídio. O mês foi escolhido por ser marcado pelo Dia Mundial de Prevenção do Suicídio (10 de setembro).
A diretora da Escola do Legislativo, Geanne Valente, entende que a melhor forma de combater a ideação suicida é por meio da educação e do conhecimento. “O desafio está em falar sobre o assunto com muita seriedade e responsabilidade, uma vez que o nosso objetivo é salvar vidas por meio da informação e do diálogo. Por isso, a Escola viu no programa Educando pela Cultura uma forma de levar essas orientações aos que necessitam, dentro e fora da Escola do Legislativo”.
A coordenadora do programa Educando pela Cultura, Jacy Braga, detalhou as atividades que serão desenvolvidas ao longo da semana. “Na próxima segunda-feira, dia 12, a partir das 9h no auditório Sônia Barreto, teremos uma palestra proferida pela psiquiatra Alessandra Pereira, sobre o tema ‘O barulho silencioso da ideação suicida’. Em seguida abriremos uma roda de conversa, onde o tema será debatido entre educadores e psicólogos, e juntos vamos falar sobre questões que causam gatilhos para a ideação suicida, como identificá-los e tratá-los”
A roda de conversa terá como participantes os profissionais Lidyane Cavalcante, Alexandro Gomes, Ingrid Melo, Nilton Teixeira, e Arlindo Golçalves.
“Já a partir do dia 13 de setembro vamos visitar sete escolas da capital, orientando alunos do Ensino Médio. Nossa equipe será formada por profissionais de pedagogia e psicologia. As escolas visitadas serão CETI Gilberto Mestrinho; CETI Áurea Braga; CET Cid Cabral da Silva; CETI Arthur Virgílio Filho; CETI Cínthia Régia; e Escola Estadual Altair Severiano. A estimativa de atendimento é de 200 a 500 alunos por escola”, ressaltou Jacy.
Números
Segundo estudo realizado pela Unicamp, 17% dos brasileiros, em algum momento, pensaram seriamente em dar um fim à própria vida e, desses, 4,8% chegaram a elaborar um plano para isso. Em muitos casos, é possível evitar que esses pensamentos suicidas se tornem realidade.
Saber quais as principais causas e as formas de ajudar pode ser o primeiro passo para reduzir as taxas de suicídio no Brasil, onde atualmente 32 pessoas por dia tiram a própria vida.
Sinais de alerta
Amigos e familiares devem ficar atentos a sinais como isolamento, mudanças marcantes de hábitos, perda de interesse por atividades de que gostava, descuido com a aparência, alterações no sono e no apetite, frases como “preferia estar morto” ou “quero desaparecer”.
Canais de atendimento
A ajuda pode vir de um amigo, parente, colega de trabalho ou escola, professores, ou alguém que está próximo a quem precisa e também dos voluntários do CVV, que são treinados para conversar com pessoas que estejam passando por alguma dificuldade e que possam pensar em tirar sua vida. Para conversar com um voluntário, basta ligar para o telefone 188, gratuito, que funciona 24 horas. Também é possível mandar um e-mail ou falar pelo chat, que podem ser acessados pelo site www.cvv.org.br.