Entre os dias 28 e 31 de março, na cidade de São Paulo, a Confederação Brasileira de Tênis de Mesa realizou a 1ª Copa Brasil Sul Sudeste da modalidade, nas categorias Olímpico e Paralímpico. O Amazonas participou com quatro atletas, três homens e uma mulher. O trabalho da equipe é feito diariamente na Vila Olímpica de Manaus, duas vezes por semana com treino técnico e três vezes com treino físico, sob a supervisão do Centro de Treinamento de Alto Rendimento do Amazonas (Ctara).
“Nossa estrutura é toda voltada para o aprimoramento de nossos atletas. A equipe paraolímpica de tênis de mesa é uma das melhores, por isso está no topo”, elogia Caio André Oliveira, titular da Secretaria de Juventude, Esportes e Lazer (Sejel).
O resultado para os amazonenses foi bom, mas poderia ter sido melhor. No total foram três bronzes deles e um ouro dela. ”Estamos muito felizes com essa performance numa competição que é tão difícil quanto o Campeonato Brasileiro. Mas, se tivéssemos técnico, teríamos sido melhores ainda”, disse Elem Alves da Silva, primeira colocada do ranking nacional, categoria Classe 8, desde 2009.
Dois dos componentes da delegação estiveram na Sejel para agradecer pelo apoio recebido. Eles foram recepcionados pelo Secretario Adjunto de Juventude, e fizeram um agradecimento seguido de um pedido. ”Muito obrigado por toda a estrutura. Já melhorou muito do ano passado para cá. Mas precisamos de um pouquinho mais! Só um técnico”, brincou a campeã Elem.
A sugestão da campeã brasileira é apenas para lembrar, que apesar da estrutura, a delegação carece de um técnico. A última a ocupar o cargo foi Solange Marilia de Oliveira, que foi desligada da seleção paralímpica em agosto de 2018 e não foi substituída.
“Treinamos só nós, uns contra os outros, tentando nos ajudar mutuamente. Com um técnico, nossos resultados seriam melhores ainda”, garante Filipe Ramos Pimentel, da categoria Classe 11. Mas restringiu: “Não estamos reclamando da Sejel de hoje, pois essa equipe faz de tudo por nós. Nós nos referimos à Sejel de ontem”.
Os outros medalhistas foram Goutier Rodrigues, da Classe 06, e Alexandre Alfon, da Classe 10. Em novembro do ano passado, no Campeonato Brasileiro de 2018, todos eles foram convocados para a Seleção Brasileira Paralímpica, que participaria ainda em dezembro da seletiva dos Jogos Parapan-Americanos de Lima. Somente Goutier Rodrigues conseguiu participar. Apesar de ter se classificado, ele se disse triste pelo fato de os amigos amazonense não terem tido a mesma sorte.
“Nossa equipe é uma das melhores do Brasil. Infelizmente eles não participaram porque não tinham mais como arcar com passagens, alimentação e transporte. Em 2018 tudo foi muito, muito difícil para nós”, desabafa Goutier. “Ainda bem que as coisas estão começando a clarear”, finalizou.