‘Canhão do Amazonino’ ganha reforma, mas não é dessa vez que sai

Um dos últimos – e mais inúteis – legados da derradeira gestão de Amazonino Mendes (Cidadania) à frente da Prefeitura de Manaus, entre 2009 e 2012, o chafariz da rotatória do Parque Municipal do Mindu vai receber uma obra de revitalização na gestão David Almeida (Avante). O “canhão do Amazonino”, como foi carinhosamente batizado pela população, custou à época R$ 1,5 milhão aos cofres públicos e nunca funcionou como o chafariz para o qual foi idealizado, a não ser por algumas esporádicas e pontuais vezes, logo após ser inaugurado, em 2012.

ELEFANTE BRANCO

Localizado no local popularmente conhecido como Bola do Mindu, o “canhão do Amazonino” define exatamente a expressão “elefante branco”. Senão, vejamos a definição padrão: coisa pouco prática, que causa grande incômodo; presente incômodo e sem utilidade; obra grande e pomposa sem serventia; tudo que serve para nada, mas custa caro para ser dispensado.

CARO PARA SER DISPENSADO

A última parte da definição de elefante branco é a justificativa da atual gestão para não se livrar de uma vez por todas do inútil monumento: custou caro e seria cara a obra para retirá-lo do local. Ou seja, foi um desperdício de dinheiro público e seria outro desperdício gastar dinheiro público para tirá-lo do lugar. A solução foi revitalizar o local, reformando bancos, o piso que estava muito deteriorado e outros detalhes da construção. A obra deve ficar pronta em 40 dias, de acordo com informações da Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seminf).

LOCAL FOI CENTRO COMERCIAL

Antes de ser desapropriado para a instalação do “canhão do Amazonino”, o local abrigava um centro comercial que tinha de pet shop a restaurantes, de bares a panificadora, e até mesmo lojinhas de bijouterias e artesanato. É bem verdade que estava bastante sucateado e necessitando de reforma, mas certamente era mais útil aos moradores do entorno e à população em geral.

TEBET VIRA PEDRA NO SAPATO DE BRAGA

Com a retirada da pré-candidatura do ex-senador João Pedro (PT) ao Governo do Estado, vários analistas políticos avaliaram que a atitude abre caminho para uma negociação entre o ex-presidente Lula (PT) e o pré-candidato ao Governo do Estado Eduardo Braga (MDB). Para a concretização desta aliança, entretanto, é necessário que o MDB libere os candidatos nos Estados para apoiar outras candidaturas à presidência que não a de Simone Tebet, pré-candidata do partido. Se não, Braga fica impossibilitado de ser o palanque de Lula no Amazonas.

ECONOMISTAS PRÓ-LULA

O Movimento dos Economistas pela Democracia e Contra a Barbárie lançou, nesta terça-feira (14), um manifesto com a adesão e assinatura de mais de 1.100 economistas de todo o Brasil, denunciando o desmonte da economia nacional e elencando as medidas que esperam do futuro governo na área econômica, “para recuperar o crescimento e colocar o Brasil na trilha de um país mais justo, menos desigual, ambientalmente sustentável e mais próspero”. O documento repudia nominalmente a gestão econômica do presidente Jair Bolsonaro (PL) e declara abertamente apoio a Lula (PT).

AMAZONAS NA LISTA

O manifesto tem a adesão de economistas do Amazonas, como José Ricardo Wendling, mais conhecido como deputado federal Zé Ricardo (PT), Denise Kassama, Alcides Saggioro Neto, Aldemir de Carvalho Caetano Júnior, Armando Clovis Marques de Souza, Celso Augusto Torres do Nascimento, Cleísa Bessa, Farid Mendonça Júnior, Francisco Ednaldo Praciano – o pré-candidato a deputado estadual pelo PT –, Inaldo Seixas Cruz, Jose da Silva Sobral e Paulo Rodrigues dos Santos.

VIOLÊNCIA NA TERRA YANOMAMI

Em meio às buscas pelo indigenista Bruno Pereira e pelo jornalista britânico Dom Phillips, desaparecidos desde o último dia 5, evidenciando internacionalmente a ação criminosa no entorno da Terra Indígena Vale do Javari, dados da a 36ª edição do relatório “Caderno de Conflito no Campo” mostram que outra Terra Indígena, a Yanomami, vem sendo alvo de crescente violência. Para se ter uma ideia, o “Caderno de Conflito no Campo 2021” mostra que houve um aumento de 1.100% nas mortes em consequência de conflitos no campo, com uma incrível concentração de mortes na Terra Indígena Yanomami.

GARIMPO ILEGAL

Das 109 mortes registradas em 2021, contra 9 registradas em 2020, 101 ocorreram no território Yanomami, em Roraima, em decorrência da ação de garimpeiros, de acordo com dados do relatório. O Caderno de Conflitos no Campo será lançado em todo Brasil. Em Manaus, o evento será realizado nesta quarta-feira (15), das 8h30 às 12h , no Auditório da Maromba – localizado à rua Maromba n. 116 – Chapada.

A VOLTA DAS MÁSCARAS

O Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM) voltou a tornar obrigatório, a partir desta terça-feira (14), o uso de máscaras nas dependências das unidades da instituição na capital e no interior do Estado. O motivo para editar a portaria, assinada pelo desembargador Domingos Chalub, presidente do TJAM, é o fato de que o Amazonas se encontra entre os Estados que apresentam sinais de crescimentos de casos de Síndrome Respiratória Aguda (SRAG) na tendência de longo prazo (últimas seis semanas); além do crescimento de 39,5% entre a primeira e a última semana de maio, segundo o boletim InfoGripe, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) de 9 de junho.