Estudantes universitários norte-americanos da área de engenharia de materiais dos cursos de doutorado da Universidade da Califórnia em Davis (UC Davis, em inglês) e de mestrado no Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT, em inglês) visitaram o Centro de Biotecnologia da Amazônia (CBA), em meados de abril, na busca por novos materiais sustentáveis para a produção de compósitos. Benjamin Lazarus (da UC Davis) e Talia Khan (do MIT) conheceram os projetos desenvolvidos no CBA, com destaque para os que envolvem processos com fibras naturais e resíduos agroindustriais.
A visita foi acompanhada pelo pesquisador do Centro, Flávio Freitas, pós-doutor em Química que tem atuação em diversas áreas da biotecnologia, destacadamente na área de energia e compósitos sustentáveis. Conforme Freitas, os resultados alcançados pelo trabalho em desenvolvimento no CBA já eram de conhecimento dos acadêmicos que, por este motivo, demonstraram interesse em coletar mais informações acerca da atividade praticada no Centro.
Os processos atraíram de tal forma a atenção dos visitantes que, segundo o pesquisador, surgiu a proposta de se “iniciar uma colaboração mútua que tem por objetivo buscar aprovar projetos biotecnológicos em órgãos de fomento internacionais”.
Futuro melhor
O doutorando Benjamin Lazarus afirmou que a passagem pelo Brasil teve seu ponto alto durante a agenda no CBA. Para ele, está sendo feito no Centro “um excelente trabalho utilizando a vasta biodiversidade local para criar uma gama de produtos sustentáveis e ecologicamente corretos de diferentes tipos a partir da flora nativa da Amazônia”. O acadêmico ainda se disse surpreso por ter identificado avançados processos em um instituto biotecnológico que tem apenas duas décadas de atividade. “Ficamos muito impressionados com as instalações da CBA e esperamos colaborar com o professor Flavio e outros pesquisadores do Centro daqui para frente. Acreditamos que o trabalho aqui promovido é vital para proteger o planeta e garantir um futuro melhor para as próximas gerações”.
Já a mestranda Talia Khan comentou que “foi muito bom ver as pessoas que vivem na Amazônia utilizando os recursos naturais abundantes em seus próprios quintais. Estou empolgada por ter a oportunidade de trabalhar com os pesquisadores do CBA – certamente entre os melhores da região – e colaborar de hoje em diante”.