Projetos urbanos da Prefeitura ganham imagens de realidade virtual. A produção foi feita por equipe de design e de modelagem em 3D do Implurb.
Projetos urbanos da Prefeitura ganham imagens de realidade virtual.
Entrando na fronteira da tecnologia da realidade virtual, a Prefeitura de Manaus, via Instituto Municipal de Planejamento Urbano (Implurb), está produzindo imagens para ter a sensação de imersão viabilizada por óculos 3D e visão 360° para projetos urbanos e arquitetônicos lançados pelo prefeito David Almeida, dentro do programa “Mais Manaus”.
Ao reunir elementos virtuais, paisagens reais e projeções arquitetônicas para melhor apresentação, as imagens eletrônicas do Mirante da Ilha de São Vicente e do Local Casa de Praia foram geradas por softwares 3D, permitindo sua visualização no ângulo de 360°, configurando o ambiente virtual, facilitando a manipulação do projeto e seus ajustes mais próximos da realidade. A produção foi feita por equipe de design e de modelagem em 3D do Implurb.
No caso dos dois projetos, o produto de realidade virtual gerado leva o usuário a um ambiente virtual, produzido por um sistema computacional, com efeitos visuais, permitindo imersão no simulado virtualmente. A sensação de imersão é ampliada com o uso de óculos 3D, mas pelo celular, a partir de uma rede social, o usuário pode ter a visão em 360° ao seu redor, apenas movimentando a tela.
“O uso de novas tecnologias, como a realidade virtual, permite ter uma maquete, uma modelagem antes do espaço construído, visualizando como ficará o projeto arquitetônico. O ‘Nosso Centro’ começa pela Mirante da Ilha de São Vicente, uma importante área que tem ações previstas para ganhar uma nova dinâmica para quatro ruas que convergem naquele ponto: a Bernardo Ramos, um trecho da 7 de Setembro, Frei José dos Inocentes e Governador Vitório. Elas convergem para o Largo da Ilha, que será construído como grande atração turística, cultural, de lazer e ambiental para a cidade”, explicou o diretor de Planejamento do Implurb, arquiteto e urbanista Pedro Paulo Cordeiro.
Nas imagens de realidade virtual, é possível notar a integração do Largo com o Mirante da Ilha, criando um espaço contínuo de atratividades e paisagem sem barreiras. O prédio que terá reuso na área pode ser observado de vários ângulos e será mais vazado, permitindo a visão para o rio Negro.
O entorno também é percebido, a ambiência e o conjunto da paisagem integrada, podendo se observar detalhes do imóvel, paisagismo, piso e até o céu claro.
O imóvel terá atividades de cultura, gastronomia, arte, lazer e turismo, aproveitando sua verticalização existente. “Será um espaço público de qualidade para a capital e que servirá de exemplo para mostrar que vários prédios abandonados têm potencial, podem e devem ser reconvertidos, apresentando novos usos”, comentou o arquiteto.
Hoje, o espaço tem muros altos que acabam confinando, inclusive, belos exemplares da arquitetura, casarios e imóveis belos na Bernardo Ramos. Com o Largo, a ideia é deixar esses imóveis de frente para o complexo e o rio.
Para o diretor-presidente do Implurb, engenheiro Carlos Valente, é imprescindível fazer uma virada arquitetônica e resgatar a pujança econômica do Centro, se transformando em área turística mundial.
Carlos Valente lembrou que o “Nosso Centro” tem foco no incentivo à construção de habitações e na diversidade e multiplicidade da escala de pessoas. “Se achava que o Centro deveria ser mais comercial, de serviços ou turismo. Na realidade tem que se buscar uma vivência harmônica integrada de todos os grupos e múltipla, de todos os usos. Sem esquecer do uso habitacional. Isso vai promover a reabilitação”, disse.
Reabilitar é um conceito mais amplo do que requalificar e revitalizar, fazendo a integração de usos, convivências e ambiências com o patrimônio histórico.
“E Manaus se coloca como proposta para chamar atenção nacional e internacional”, completou Valente.
Casa de Praia
Em uma outra imagem de realidade virtual, o usuário pode fazer um tour pelo projeto de reconversão do antigo Local Casa de Praia, desenvolvido para gestão da Secretaria Municipal de Empreendedorismo e Inovação (Semtepi), também dentro do “Mais Manaus”.
“Nossos arquitetos e equipe trabalharam no desenvolvimento da proposta, de 1.650 metros quadrados, e um dos pontos altos da reconversão, além do aproveitamento da biofilia, do contato com a natureza e o rio, será a acessibilidade universal. O prédio do Local Casa de Praia sempre se caracterizou por ter vários níveis de acesso, todos acessados por escadas. E agora eles darão lugar a rampas, que farão as conexões entre os cenários e níveis que levam até o calçadão de pedras portuguesas com desenhos e mosaicos”, explicou Valente.
Com vista privilegiada para o rio Negro e a praia da Ponta Negra, o local tem projeto para abrigar restaurante, central de artesanato, áreas para exposições artísticas, ambientes abertos e fechados, playground, áreas de convivência, passarela, mirante, quiosques e ações, com estrutura para receber shows.
No último ano, as equipes de desenvolvimento, criação, arquitetura, engenharia e urbanismo têm se debruçado na construção de projetos para dar uma nova dinâmica a Manaus, conforme determinação do prefeito.
Projetos
O Implurb é o órgão que atua diretamente para capitanear projetos urbanísticos e arquitetônicos, cujas operações serão, futuramente, frutos de licitações, chamamentos públicos e outras modalidades previstas na legislação.
Realidade virtual
Ao longo dos anos e com a evolução da tecnologia, a realidade virtual ganhou nuances diferentes. Hoje tem muita base nos displays estereoscópicos (os populares headsets, óculos especiais para exibir o ambiente simulado), que servem como o meio pelo qual o usuário se conecta com o mundo virtual. Os antigos monóculos com imagens de pontos turísticos, simulando efeito 3D, já buscavam “transportar” pessoas para outros lugares.
A realidade virtual cria uma ilusão de profundidade através da estereoscopia, onde duas imagens diferentes são geradas, uma para cada olho. Assim, o cérebro interpreta que as duas são uma só, o que forja a sensação de realidade.
Essa tecnologia de realidade virtual, que começou com fotos, pode ser também usada em filmes e outros ambientes tridimensionais gerados no computador (como é o caso dos games).
Além dos games, a realidade virtual é empregada em diversas outras funções, como em treinamentos para soldados no exército. E treinamentos diversos vêm sendo feitos em realidade virtual, protegendo a integridade física dos indivíduos enquanto eles realizam as ações no ambiente simulado.