Um tanque carregado com 90 mil metros cúbicos de oxigênio – equivalente a 9 mil cilindros – desembarca neste sábado, 6/2, em Manaus após percorrer 4.464 quilômetros do Porto de Santos (SP) ao porto de Belém (PA), no Navio-Patrulha Oceânico. De Belém a Manaus, o carregamento segue de balsa por mais 1.648 quilômetros por via fluvial, escoltado pelo Navio-Patrulha Fluvial Roraima.
Essa é uma das maiores cargas de oxigênio trazidas em uma única operação desde que se iniciaram as manobras para abastecer a rede hospitalar da cidade diante do aumento da demanda pelo gás medicinal. A operação é coordenada pelo Ministério da Saúde com apoio do Ministério da Defesa, por meio da Marinha do Brasil. A carga pertence à empresa White Martins.
A saga para trazer o oxigênio até Manaus começou no dia 18 de janeiro. O cilindro vazio, de 54 toneladas, foi levado da sede da White Martins, em Santo André (SP) até o Porto de Santos, no litoral paulista, onde foi embarcado no Navio-Patrulha Oceânico e transportado até o porto de Belém. Já na capital paraense, no dia 28 de janeiro, o tanque foi envasado com 90 mil metros cúbicos do produto, o equivalente a 9 mil cilindros de oxigênio. O carregamento que chega a Manaus é superior ao consumo médio diário no estado, estimado em 80 mil metros cúbicos.
Todos os órgãos que fazem parte do comitê de crise instalado no Centro Integrado de Comando e Controle (CICC), em Manaus, coordenado pelo Ministério da Saúde, trabalham para chegar à meta de segurança, com reserva suficiente para o equivalente a 72 horas de uso. As estratégias para o alcance desse resultado foram definidas pelo ministro da Saúde, Eduardo Pazuello.
Para isso, todos os modais de transporte são utilizados. Pelas BR-319 e BR-174 chegam carretas do Brasil e da Venezuela, por via marítimo-fluvial as balsas e navios e, por via área, aviões da Força Aérea Brasileira, que fazem voos diários para o abastecimento de oxigênio.
Texto: Jacira Oliveira, especial para a Agência Saúde
Foto: Divulgação