No Brasil, 21% das mulheres já sofreram ameaça de morte de parceiros ou ex-parceiros, revela pesquisa do Instituto Patrícia Galvão. A violência contra as mulheres, especialmente negras, reflete um cenário alarmante de feminicídio e impunidade, indicando que a rede de proteção ainda não é suficiente. A falta de confiança na Justiça também dificulta denúncias, ampliando a sensação de desamparo.
Mulheres negras são as mais impactadas
O estudo, realizado com apoio do Ministério das Mulheres, aponta que mulheres negras são as mais vulneráveis a ameaças e violência. Apesar do medo, apenas 30% das vítimas procuram ajuda policial, enquanto 17% solicitam medidas protetivas. Segundo a pesquisa, 60% das brasileiras acreditam que a impunidade dos agressores contribui para o aumento do feminicídio. Esse dado reforça a urgência de campanhas de conscientização e políticas públicas mais rigorosas.
A cultura do silêncio e o ciclo da violência
Casos como o da jovem Camila, assassinada pelo ex-companheiro, ilustram o impacto devastador do ciclo de violência. A dificuldade em romper com o agressor, muitas vezes motivada pelo medo ou dependência emocional, perpetua situações de risco extremo. Em depoimentos como o de Zilma Dias, fica evidente a necessidade de redes de apoio mais acessíveis e eficazes para ajudar mulheres a saírem dessas relações.
Feminicídio exige respostas concretas
A pesquisa mostra que 90% das mulheres acreditam que os casos de feminicídio aumentaram nos últimos cinco anos. A falta de seriedade no tratamento de ameaças e denúncias agrava a percepção de insegurança. Para mudar essa realidade, campanhas educativas e o fortalecimento das políticas de proteção devem ser prioridades, assim como o combate à impunidade.
Como encontrar informações e pedir ajuda
A versão completa da pesquisa pode ser lida no site do Instituto Patrícia Galvão, onde também é possível encontrar dados sobre os diversos tipos de violência.
Foto: Freepick