Agenda no Senado Federal apresenta resultados de conservação na Amazônia

Nas próximas semanas, o Instituto Mamirauá, organização social vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, desembarca em Brasília para continuar as comemorações dos seus 20 anos. Em pauta, muita história e um resgate de ações e resultados pela conservação desse importante bioma brasileiro. Serão dois eventos. Uma exposição de fotos e uma sessão especial.

 

Os eventos reforçam a estratégia da instituição de compartilhar resultados, mas também de reforçar o compromisso com o futuro, conforme reforçou João Valsecchi, diretor geral: “Se a gente tem que pensar numa mudança para os próximos vinte anos seria numa em uma mudança de escala. As tecnologias que a gente projetou têm que ser levadas para outras regiões da Amazônia. Elas têm que atingir que está lá na pontinha, onde as políticas públicas não estão chegando”.

 

A exposição de fotos será entre os dias 17 e 24 de maio, na Galeria do Senado Federal, situado no corredor que liga o edifício principal do Senado ao Anexo 1. As imagens retratam iniciativas desenvolvidas pelo Instituto Mamirauá que foram pioneiras na Amazônia, como o manejo de pirarucu, o turismo de base comunitária e as tecnologias sociais voltadas para melhorar as condições de acesso à água potável e ao saneamento básico.

No total, serão 20 imagens no tamanho 1,20m x 0,90. Dez são de autoria do fotógrafo, médico veterinário e professor da Universidade de Brasília, Marcelo Ismar Santana. As demais fotos são de autoria de Adriano Gambarini, Ale Socci, Edu Coelho, Rafael Forte, Ricardo Oliveira, Amanda Lelis e dos pesquisadores do Instituto Mamirauá João Paulo Borges Pedro e Emiliano Ramalho.

 

O docente brasiliense tem uma relação antiga com a Reserva de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá, uma das áreas de atuação do Instituto Mamirauá na Amazônia: “Em 2019, o Instituto Mamirauá completa 20 anos, mostrando que a conservação da Amazônia é possível não só pela difusão do conhecimento científico gerado em suas Reservas, mas também pela sensibilização do público através de imagens. Neste caso, a união do conhecimento científico com a fotografia pode gerar resultados úteis, práticos e, sobretudo, bonitos. Nestes 20 anos, o Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá provou que a herança fotográfica de José Marcio Ayres e Luiz Claudio Marigo foi completamente incorporada ao seu DNA”.

 

Sessão Especial

 

Já está agendado para o dia 27 de maio, às 10h da manhã, no plenário do Senado Federal, a sessão especial comemorativa aos 20 anos do Instituto Mamirauá. A proposição foi do Senador Eduardo Braga, do Amazonas, que justificou: “É de fundamental importância reconhecer e dar visibilidade ao primoroso trabalho de pesquisa e conservação do bioma amazônico desenvolvido pelo Instituto Mamirauá, sempre observando a melhoria da qualidade de vida das populações locais”.

 

O evento é público e será uma oportunidade para os parceiros, familiares, deputados e senadores conhecerem a trajetória institucional, reforçando o compromisso com a ciência no país. Também haverá a exibição do vídeo “A Amazônica em boas mãos” que retrata a história e resultados da atuação institucional ao longo desses 20 anos. Ao final da sessão os participantes receberão uma lembrança dos 20 anos do Instituto Mamirauá.

 

Foto: Marcelo Ismar Santana/Instituto Mamirauá

20 anos do Instituto Mamirauá

 

Fundado em 23 de abril de 1999, o Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá é uma organização social comprometida com o desenvolvimento de pesquisas científicas com foco na conservação da biodiversidade, no manejo de recursos naturais e na qualidade de vida das populações locais.

 

O trabalho da organização começou nas Reservas de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá e Amanã, no estado do Amazonas. Atualmente, a atuação do instituto se estende por grande parte da região Norte do Brasil e também por países da Pan-Amazônia.

 

Confira alguns dos resultados da atuação do Instituto Mamirauá:

 

– Mais de 90 projetos de pesquisas, executados anualmente, envolvendo conhecimento tradicional, tecnologias sociais e espécies ameaçadas.

 

– Atuação em 30 unidades de conservação na Amazônia.

 

– 390 estudantes formados pelo Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica, dos quais 42% ingressaram em programas de pós-graduação.

 

– 19 espécies descritas nos últimos 10 anos e mais de 14.000 espécimes depositados em seus acervos biológicos.

 

– Redução da mortalidade infantil em mais de 67% na região de atuação do Instituto Mamirauá.

 

– 200 mulheres e meninas participando de ações de empreendedorismo, igualdade de gênero e liderança.

 

– 667 participantes dos cursos de multiplicadores em Tecnologias de Manejo e Desenvolvimento e mais de 70 jovens formados no primeiro Centro Vocacional Tecnológico do Amazonas.

 

– 30 tecnologias sociais implementadas para garantir segurança alimentar e acesso a serviços de saneamento e energia.

 

– 427% de aumento médio dos estoques de pirarucu e faturamento total de mais de 23 milhões de reais para pescadores e pescadoras envolvidas.

 

– Mais de 3,5 milhões de reais gerados através de um empreendimento de turismo de base comunitária, a Pousada Uacari, beneficiando 750 pessoas.

 

– 226 mil pessoas alcançadas anualmente com ações de divulgação em redes sociais e mais de 9 mil notícias repercutindo em veículos do Brasil e do exterior, entre 2011 e 2018.

Fonte: Portal Amazônia